Benguela – Dez mil e 764 jovens, de ambos os sexos, beneficiaram, em 2024, na província de Benguela, de formação técnico-profissional através de 15 centros públicos e 76 privados controlados pelo Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), soube, nesta segunda-feira, a ANGOP.
Trata-se de cursos como soldadura industrial, serralharia, mecânica, corte e costura, electricidade baixa tensão, pedreiro, informática, canalização, alvenaria, electricidade industrial, topografia, pastelaria e cozinha, decoração e empreendedorismo.
Em entrevista à ANGOP, o chefe dos Serviços Provinciais do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional em Benguela, Sebastião Fernando Custódio, destacou que da cifra atingida em 2024, cinco mil e 645 são os formandos dos 15 centros tutelados pelo INEFOP.
Daí ter considerado uma cifra satisfatória, uma vez que no ano passado tinham sido matriculados 13.284 candidatos, dos quais 3.228 do sexo feminino, em diversos cursos, sobretudo construção civil, empreendedorismo, comércio, hotelaria e electricidade.
“O número é satisfatório, mas gostaríamos de atingir um número mais elevado”, disse, perspectivando para este ano atingir 15 mil formandos, sobretudo com o reforço das unidades de formação tuteladas pelo INEFOP, que oferecem uma gama de cursos gratuitos aos jovens interessados.
De igual forma, também destacou a contribuição significativa da parte dos 77 centros privados de formação profissional, para que a província de Benguela alcançasse acima de dez mil jovens formados, no ano passado, visando o mercado de emprego.
Além dos centros sob gestão do INEFOP, disse que a província também conta mais seis unidades estatais vocacionadas à formação profissional, com destaque para as empresas do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), Porto do Lobito e algumas administrações municipais.
Estágios profissionais assegurados
O chefe dos serviços locais do INEFOP na província de Benguela deu a conhecer que 150 jovens formados em 2024 beneficiaram de estágios remunerados junto de algumas empresas que operam no Corredor do Lobito, no âmbito do programa denominado CLEI (Contratos de Locais de Emprego e Inserção).
De acordo com ele, 50 por cento deste número de estagiários foi absorvido por essas mesmas empresas, principalmente no ramo da construção civil, hotelaria e comércio, em função do desempenho dos candidatos.
Por essa razão, garantiu que o INEFOP vai continuar a apostar numa parceria cada vez mais estreita com essas empresas, de tal maneira que os jovens formandos continuem a beneficiar de estágios profissionais remunerados, tendo em vista a sua inserção no mercado de trabalho.
“Estamos a fazer um levantamento em todas as empresas que operam no Corredor do Lobito no sentido de sabermos as reais necessidades das mesmas, para formarmos e qualificarmos a mão-de-obra em função da necessidade do contexto actual”, avançou.
Assim, considera o CLEI como uma janela de oportunidades aberta aos jovens que, combinada com à formação profissional, ajuda a reduzir os níveis de desemprego na sociedade.
Ou seja, explicou que o CLEI faz com que o jovem, ao terminar uma formação técnico-profissional, seja seleccionado através de uma plataforma, em função do seu perfil, e encaminhado a uma empresa parceira do INEFOP para um estágio profissional.
Segundo o responsável, o estágio profissional, cuja remuneração é paga pelo próprio INEFOP, dura três meses e, deste modo, os jovens têm a oportunidade de mostrar as suas habilidades e capacidades dentro destas empresas.
“Fruto disso muitos acabam por ser contratados em função do comportamento e do aproveitamento demonstrados durante o período de estágio”, afiançou o gestor do INEFOP em Benguela.
Tutelado pelo Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), o INEFOP foi criado pelo Decreto Lei .º 34/98 de 2 de Outubro e tem como missão assegurar a execução das políticas sobre a organização do mercado do emprego e da formação profissional a nível nacional. JH/CRB