Luanda – O engenheiro em tecnologia de informação Alfredo Capitomolo defendeu hoje, quinta-feira, que a inclusão digital poderá incidir positivamente para a empregabilidade e renda dos cidadãos.
Alfredo Capitomolo advogou essa posição no “Fórum sobre direitos digitais”, co-organizado pela ONG Mwana Pwo, a Associação Mãos Livres e a Internews (Zâmbia), que se realiza na União dos Escritores Angolanos, em Luanda.
Segundo o interlocutor, que abordou o tema “Contexto angolano sobre literacia digital e democratização da Internet”, estar familiarizado com as tecnologias de informação gera “mais e melhores”oportunidades de emprego, à medida que este conhecimento amplia o leque de vagas, sem contar que facilita o acesso a cadastros para postos de trabalho já existentes ou futuros.
O acesso à cidadania também pode ser potencializado com a inclusão digital. Serviços online como emissão de documentos pessoais, o levantamento de direitos ou de informações oficias de entidades ou do governo, e transacções bancárias facilitam a vida de quem actualmente tem essa vantagem.
Para si, as tecnologias podem ser factor catalisador de cidadania, melhora as formas como as pessoas interagem e como acedem os serviços fundamentais.
Sobre o desenvolvimento humano, Alfredo Capitomolo disse que o conhecimento nunca esteve tão disponível e acessível para as pessoas, com acesso a informação a toda a hora e com vantagem em promover “a janela de conhecimentos” que as tecnologias disponibilizam.
“Abrir as janelas do conhecimento é o primeiro benefício da inclusão digital. O acesso a diferentes culturas, saberes, locais dos mais remotos cantos do planeta e todo tipo de informação que se desejar a um clique precisa ser possível a muitas mais pessoas”, frisou.
Por sua vez, o jurista da Associação Mãos Livres, Guilherme Neves reconheceu avanços significativos em legislação sobre os direito digitais, no país, de forma a regular o uso das tecnologias de informação.
Do ponto de vista político, adiantou a fonte, houve avanços significativos, por Angola ser um dos países que o acesso e uso das tecnologias e das redes sociais, consubstancialmente, são cada vez mais elevados e sem restrições.
Segundo ele, “os custos para o acesso a Internet são demasiado altos para a maior parte dos cidadãos”, acrescentando que, se por um lado existe a política do estado em fazer que as pessoas através do direito digital tenham direito a informação, em partilharem informação, por outro existe o direito a carência de acesso ao direito digital, que está mais concentrado nas urbes, mas o acesso não existe nas zonas rurais.
O fórum sobre direitos digitais é um encontro de debates sobre os direitos digitais em Angola, com especialistas em várias áreas.