Luanda – O processo de inclusão e integração social impõe a necessidade do reforço das parcerias público-privadas, na busca de soluções integradas e da participação activa da sociedade civil, sobretudo das pessoas com deficiência.
O facto foi defendido, sexta-feira, pela secretária de Estado da Família e Promoção da Mulher, Elsa Barber, durante uma mesa redonda, realizada pela Associação Nacional de Cegos e Ambíopes (ANCAA), em colaboração com a Federação Angolana de Pessoas com Deficiência (FAPED).
Elsa Barber adiantou que o ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (MASFAMU), na qualidade de órgão de coordenação e acompanhamento da operacionalização das políticas e estratégias aprovadas em prol da pessoa com deficiência, continuará a trabalhar no processo da sua inclusão social.
Por seu lado, o palestrante Nsimba Paxe defendeu o reforço organizacional das associações, com vista a melhor influenciarem as decisões das entidades governamentais, com acções bem implementadas para as pessoas com deficiência.
Segundo o prelector, que versava sobre a temática “O Papel das associações para uma inclusão mais efectiva”, sendo as associações uma força de pressão junto ao Estado é necessário que os planos respondam as questões sobre o como, o que, onde e porque fazer.
Esclareceu que as organizações não governamentais (ONG) não determinam por si só as políticas e nem tomam decisões sem antes falar com as comunidades beneficiárias, lembrando que a inclusão implica identificação, elaboração, execução, monitoria e avaliação das políticas públicas, para que a pressão seja com a mobilização e viabilidade com o que se pretende.
Por sua vez, o presidente da FAPED, Venceslau Muginga, considera haver lentidão na aplicação das políticas públicas, no concernente a pessoa com deficiência.
Lamentou o facto da lei das acessibilidades assegurar questões arquitectónicas, de transportes, dentre outras, não implementadas ainda na prática ou serem morosas.