Luanda - Dezassete mil casos de violência contra criança foram registados durante o ano 2022, no país, menos dois mil em relação ao ano de 2021, informou, este sábado, em Luanda , o director-geral do Instituto Nacional da Criança (INAC), Paulo Kalesi.
O responsável afirmou que a província de Luanda lidera a estatística, com o registo de cinco mil casos.
Paulo Kalesi falava durante um encontro com comissões de moradores da província de Luanda , que abordou o tema "O papel das comissões de moradores na protecção da criança contra violência nas comunidades".
Durante o encontro, Paulo Kalesi acrescentou que a província de Luanda lidera, igualmente, os casos de fuga à paternidade, violência doméstica e outras infracções.
O responsável considerou ainda alto o número de registo de violência contra criança e, por essa razão, disse que vão continuar a sensibilizar as famílias para a protecção das mesmas.
Em relação às comissões de moradores, disse que serão informadas e sensibilizadas sobre o que devem fazer no quadro das acções de protecção das crianças.
Entre os temas abordados, consta a articulação com as instituições competentes (polícia, acção social e outras) sobre situações que as envolvem, nomeadamente, abandono de recém-nascido, crianças de rua fora do sistema escolar, sem registo de nascimento, vítima de abuso sexual, suspeita de rapto e agressões físicas.
Por sua vez, a administradora do distrito urbano do Rangel, Nádia Neto, manifestou preocupação pelos inúmeros casos de violência contra crianças.
Apelou às comissões de moradores para o diálogo constante, para que casos de violência sejam mitigados.
"As esquadras têm estado a registar casos de violações de adultos contra crianças, sendo que muitas das vezes as famílias têm conhecimento do comportamento dos agressores", explicou.
Rodrigo da Silva Bombo, coordenador do bairro Bita, do município de Viana, disse que a comunidade tem estado a trabalhar com as igrejas, no sentido de sensibilizar para a denúncia de casos de violência contra crianças, por ser recorrente na sua comunidade.
"No meu bairro, em particular, os casos mais recorrentes são violência sexual contra crianças e fuga à paternidade", apontou. VS/SC