INAC pede reorientação da família no cuidado da criança

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  • Luanda • Sexta, 21 Outubro de 2022 | 16h08
Director Geral do INAC,  Paulo Kalesi
Director Geral do INAC, Paulo Kalesi
Domingos Cardoso - ANGOP

Luanda - O director do Instituto Nacional da Criança (INAC), Paulo Kalesi, pediu, esta sexta-feira, em Luanda, a reorientação das famílias no cuidado com a criança, para evitar que sejam usadas como meio de sustento.

Paulo Kalesi falava durante a formação de agentes da Polícia Nacional do Comando Provincial de Luanda sobre operacionalização do sistema de protecção da criança em situação de risco, iniciado na segunda-feira, com objectivo de capacitar agentes da corporação.

Referiu que o lugar da criança é na família que deve colocar ela como prioridade absoluta e não aproveitar-se dela para o sustento, dispondo-as nas ruas a pedir esmolas.

Pediu a colaboração da famílias, assim como dos efectivos da polícia para se acabar com os núcleos de petizes na rua e acompanhados de adultos que se aproveitam da sua ingenuidade.

Disse ser  necessário reforçar a capacidade de intervenção das forças policiais na defesa dos direitos e protecção da criança para acabar com os aproveitadores.

Acrescentou que a polícia pode ajudar, orientando as pessoas com crianças na rua a se dirigirem aos gabinetes municipais da acção social que se encarregam de dar solução a estes casos.

Retirada de crianças nas ruas

Por outro lado,  anunciou que nos próximos dias o INAC irá desenvolver um trabalho de retirada de crianças na rua e colocá-las em centros de acolhimento para evitar que enveredem para a delinquência,  ao mesmo tempo que desencoraja as pessoas que levam comida e vestuários para estes pequenos nas ruas a não fazê-lo, mas sim encaminhar os bens para os centros.

Paulo Kalesi disse que existem seis lares em Luanda preparados para receber estas crianças, salientando que o ano passado mais de 800 menores foram retirados das ruas, mas muitos deles retornaram por conta do hábito de viver sem regras nas vias públicas.

“A ideia que se passa é que o governo não faz nada, mas muitas destas crianças que hoje estão nas ruas já tiveram passagem por alguns centros de acolhimento”, disse.

Durante cinco dias, 130 efectivos da Polícia Nacional analisaram temas como “Sistema de protecção da criança”, “A importância do fluxo de atendimento, prevenção da violência sexual contra criança” e  “ O papel da policia com relação a situação de risco”.

O formando Vitorino Kanjongo, colocado a esquadra do Zango 3, disse que a formação foi proveitosa pois permitiu adquirir conhecimentos para melhor atender a criança vítima de violência, principalmente quando o abusador é um membro da família.

Já Adriana António, da esquadra da Ilha de Luanda, irá colocar em prática os ensinamentos adquiridos em prol da criança, sendo ela prioridade absoluta como refere a Constituição.

A formação foi ministrada por técnicos do Instituto Nacional da Criança que irá continuar com o mesmo ciclo com efectivos do Ministério do Interior em todo o país.  

 



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