Luanda - O chefe do departamento de Prevenção da Violência e Protecção dos Direitos da Criança, Bruno Pedro, defendeu à necessidade das instituições dialogarem mais com os profissionais da Comunicação Social sobre às acções e dificuldades no processo de reunificação familiar.
O responsável do departamento afecto ao Instituto Nacional da Criança (INAC) falava, nesta quinta-feira, em Luanda, no final de uma mesa redonda sobre “o jornalista na defesa das crianças em situação de rua”.
Segundo Bruno Pedro, a interacção vai permitir maior divulgação do assunto e chamar a atenção de todos os actores sociais, no sentido de assumirem os desafios da funcionalidade do sistema de protecção da criança.
Em declarações à ANGOP, Bruno Pedro considerou o jornalista como um actor “imprescindível” no processo de prevenção para que as crianças não vivam na rua.
Considerou igualmente importante o envolvimento destes profissionais no trabalho de gestão dos casos de menores fora do seio familiar.
Destacou a importância do trabalho jornalístico no sentido de prevenir, informar, sensibilizar e educar as famílias, transmitindo mensagens das instituições sobre às competências familiares.
Disse ainda que o trabalho do jornalista vai ajudar as entidades locais competentes a actuar nas situações em que as crianças insistem em permanecer na rua, desenvolvendo o seu trabalho a nível dos municípios, no âmbito da municipalização da acção social.
Por outro lado, referiu-se à questão da divulgação da identidade das crianças que são vítimas de agressão e de seus familiares, para garantir que mais direitos delas não sejam violados.
“É importante que os jornalistas tenham atenção quando tiverem que fazer matérias sobre temáticas sensíveis, como a situação de trabalho infantil, a situação de rua, o tráfico de crianças e o abuso sexual”, referiu.
A mesa redonda de jornalistas e especialistas, com o tema “o jornalista na defesa das crianças em situação de rua”, foi organizada pelos Lares Dom Bosco, nas instalações das Irmãs Paulinas.
A iniciativa contou com a participação de jornalistas de diferentes órgãos de comunicação social, estudantes de jornalismo, psicólogos e educadores sociais.
O Dom Bosco é uma instituição que apoia crianças e adolescentes em situação de extrema vulnerabilidade, especialmente os que vivem nas ruas, oferecendo acolhimento, protecção, alimentação, higiene e formação, com o objectivo da reintegração familiar, social ou para uma vida autónoma. CPM/OHA