Huambo – Os institutos Nacional da Criança (INAC) e Superior Politécnico de Humanidades e Tecnologias (ISUPEkuikui-II) comprometeram-se, nesta segunda-feira, no Huambo, a trabalhar em parceria, na assistência psicológica das crianças com traumas de violência doméstica e abuso sexual.
As duas instituições assumiram o compromisso com a assinatura de um memorando de entendimento, que prevê ao acompanhamento das vítimas de ataques verbais e físicos, abandonadas, em situações de crises, abusadas sexualmente, acusadas de feitiçaria, vendedoras ambulantes, pedintes e expostas ao trabalho infantil.
Foram signatários o director do INAC na província do Huambo, Eusébio Evaristo, e o administrador do ISUPEkuikui-II, Carlos Brito, que decidiram conjugar esforços viáveis, para contribuir no desenvolvimento saudável e asseguramento do direito das crianças.
O acordo prevê, igualmente, a resolução de conflitos e traumas causados desde a tenra idade, sobretudo, das crianças que se encontram em lares de acolhimento, por via do acompanhamento psicológico e toda assistência possível que promova uma personalidade saudável.
Na ocasião, o director do INAC na província do Huambo, Eusébio Evaristo, disse que a violência sexual das crianças e o abandono de infantis são fenómenos que ocorrem com frequência, daí ser fundamental juntar esforços com as instituições académicas, para buscar soluções e fazer um apuramento exaustivo da origem.
O responsável assinalou que uma criança que perde os cuidados parentais deve ter um ente que substitui os progenitores, para poder conceder os direitos da mesma, cuja ausência dos pais pode criá-la sérios problemas psicológicos.
Por seu turno, o coordenador do curso de Psicologia do ISUPEkuikui-II, Adriano Sanjumbe, disse que os professores e finalistas do ramo da Psicologia Clínica estarão, com o acordo assinado, à disposição do INAC, para prestar apoio às crianças vítimas de violência sexual, em situações de risco e àquelas que sofrem de abuso intra-familiar.
Explicou que vão avaliar o grau de afectação do trauma das crianças e apoios específicos de superação destas situações, num processo que termina com a análise do nível cognitivo das crianças abusadas.
A província do Huambo controla oito instituições de atendimento de crianças em situações difíceis, entre lares e centros, com 570 petizes, cujas idades vão dos 17 anos, muitas delas abandonadas, órfãs e outras abusadas. LT/JSV/ALH