Huambo - O Instituto Nacional da Criança (INAC) e o Conselho da Igrejas Cristãs em Angola (CICA) iniciaram, esta terça-feira, no Huambo, o reforço da cooperação institucional, para a intensificação de acções voltadas ao combate à violência infantil.
O acordo entre as duas instituições decorreu na abertura da formação dos líderes religiosos filiados ao CICA em matérias sobre direitos humanos e competências familiares, que termina na proxima quinta-feira (31).
Na ocasião, o director do INAC na província do Huambo, Eusébio Evaristo, disse que a iniciativa visa onstituir bases fortes de protecção das crianças contra os maus-tratos, evitar a sua presença nas ruas e em condições de vulnerabilidades, sem nenhum apoio dos pais e ajuda familiar.
Considerou fundamental a criação de artefacto seguro que venha prevenir as crianças contra o abuso sexual, falta de prestação de alimentos, agressão física e psicológica, violência patrimonial, para o crescimento salutar dos petizes.
Assinalou que instituições religiosas vão estar equipadas com recursos suficientes de protecção das crianças e reforçar a cultura de denúncia, para que qualquer situação de violência contra esta franja social seja repelida, para que tenham um futuro brilhante.
Acrescentou que o envolvimento activo da igreja surge para uma melhor articulação laboral e eficaz, entre os sectores de progressão social e o Estado, através da busca de sinergias capazes de responder às necessidades das crianças.
Por seu turno, o responsável do CICA na província do Huambo, reverendo Euclides dos Santos, denunciou a existência de casos preocupantes de violência contra as crianças, que começam no ambiente familiar e algumas situações.
Recomendou as igrejas cristãs a estarem unidas e continuarem a moralizar a sociedade, por via da disseminação dos princípios éticos e a observância rigorosa dos direitos humanos, para reverter o actual quadro anti-social, que causa sofrimento em várias crianças nas comunidades.
O INAC na província do registou, de janeiro à presente data, 765 casos de violência contra a criança, sendo 13 situações de disputa de guarda, 191 exploração do trabalho infantil, 68 de fuga à paternidade e dez à maternidade e 24 de violência sexua.
Constam,, igualmente, 35 crianças casos de crianças em conflicto com a lei, 36 de maus-tractos, nove de abandono familiar, 134 partos de adolescentes, entre 14 e 17 anos de idade, 11 de falta de prestação de alimentos e 176 de gravidez precoce.
Do total de casos registados nos 11 municípios, 24 têm como protagonistas adul24 agentes da Polícia Nacional, 19 efectivos das Forças Armadas Angolanas (FAA), 180 membros da sociedade civil, 41 professores, sete enfermeiros e um bancário. LT/ALH