Luanda – Um culto ecuménico a favor da paz e reconciliação nacional realizou-se domingo, no Pavilhão da Cidadela, em Luanda, com a presença do Presidente da República, João Lourenço.
O evento, alusivo ao Dia da Paz e Reconciliação Nacional (4 de Abril), serviu de reflexão em torno dos benefícios da paz, união e irmandade entre os angolanos.
A actividade juntou religiosos de diferentes congregações, figuras históricas da política e sociedade, governantes e membros do corpo diplomático acreditado em Angola.
O culto foi marcado, essencialmente, pela entoação de cânticos de louvores, por grupos corais de várias igrejas e cantores gospel, bem como orações de intercessão.
Entre os artistas convidados para o evento, organizado pela Comissão Inter-Eclesial, estiveram os cantores gospel Celso Mambo e Dodó Miranda, acompanhados pelo instrumentista Mário Gomes.
Ao ler a Litania de Acção de Graças, o Reverendo Andre Cangovi reafirmou, em nome da Igreja angolana, o compromisso dos religiosos com a preservação da paz e o combate contínuo à Covid-19.
Igualmente, endereçar a mensagem da Comissão Inter-Eclesial, por ocasião do 4 de Abril, a Reverenda Deolinda Dorcas Teca saudou os actores políticos e os cristãos pelos esforços para a preservação da paz.
Segundo a religiosa, é necessário que a sociedade trabalhe para se evitar todo o tipo de conflito em Angola, sublinhando que a preservação deste bem não deve ser um trabalho exclusivo dos políticos.
Exortou os políticos para terem em atenção os recentes níveis de violência ocorridos no país, e apelou ao dialogo permanente entre governantes e governados.
A também secretária-geral do Conselho das Igrejas Cristãs em Angola (CICA) considerou importante que a CNE tenha um diálogo contínuo com os actores políticos, para se evitarem insatisfações que podem provocar uma atmosfera menos agradável.
Apelou, por outro lado, aos cidadãos angolanos para afluirem aos postos de registo eleitoral, por forma a criarem condições para a sua participação nas eleições gerais do próximo mês de Agosto.
Já o ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Filipe Zau, destacou os ganhos da paz nos domínios da saúde, educação, urbanismo e habitação, bem como os programas do Governo virados para o combate à pobreza em Angola.
No seu discurso, em nome do Executivo, reafirmou o interesse do Estado em reforçar as relações com as igrejas do país.
O 4 de Abril de 2002 marca o fim do conflito armado em Angola, com a assinatura do Memorando de Entendimento entre o Governo e a UNITA.