Benguela – O secretário-geral da Igreja Evangélica Congregacional em Angola (IECA), André Cangovi Eurico, apelou nesta quarta-feira, em Benguela, à necessidade de o sector empresarial promover iniciativas que contribuam no combate à pobreza no país.
O reverendo André Cangovi Eurico falava durante o lançamento do Programa de Recuperação Alimentar, uma iniciativa do Grupo Carrinho, que visa a distribuição de alimentos perto da data de validade para comunidades vulneráveis nas províncias de Benguela, Huambo e Bié.
Para o secretário-geral da IECA, o combate à pobreza não deve ser só uma responsabilidade do Governo, mas de todas as instituições do Estado, incluindo o tecido empresarial e a sociedade civil.
O líder religioso, agradecendo o gesto da empresa Carrinho em nome das comunidades beneficiárias, lançou o repto para que outras empresas também participem neste processo em todo o país, no sentido de combater a fome e a pobreza.
“Eu penso que esta é uma iniciativa louvável que deve ser perseguida”, disse, admitindo que o programa ora lançado concorda com uma das linhas do plano estratégico da IECA, que é apoiar as comunidades, especialmente as mais vulneráveis.
De igual forma, considera o lançamento do “Programa de Recuperação Alimentar” como o assumir da responsabilidade nacional, nomeadamente do empresariado perante as dificuldades sociais por que passam as comunidades, devido ao aumento do custo de vida.
“Como Jesus Cristo disse: dai a essas pessoas, vós mesmos, de comer(…)”, lembrou, afirmando que a IECA e outras denominações religiosas abraçaram esta causa, porque o desenvolvimento do país exige a participação de todos os cidadãos.
Banco alimentar
Numa altura em que a Igreja controla muitas pessoas em situação de vulnerabilidade, o secretário-geral da IECA diz estar na forja a criação de um banco alimentar em cada comunidade atendida, para ajudar famílias carentes.
“O povo que vem dar as suas ofertas, de vez em quando, traz um quilo de açúcar, para ajudar aquelas famílias que realmente não têm possibilidades, especialmente os idosos e crianças que se dirigem aos lugares de lixo para encontrar alguma comida”, contou.
Conforme disse, a Igreja pensa nessas crianças e está a instruir todas as suas comunidades nas 18 províncias do país que devem sentir essa responsabilidade de promover a solidariedade com aquelas pessoas que mais padecem. JH/CRB