Lubango – O Tribunal de Comarca do Lubango inicia, nesta quarta-feira (13), o julgamento da Miss-Huíla 2018, Beatriz Alves, acusada dos crimes de associação criminosa e rapto, de que foi vítima o seu namorado.
No julgamento ocorrido em Novembro de 2022, Beatriz apareceu como declarante, mas na fase de produção de provas o juiz da causa, Marcelino Ntyamba, ordenou a abertura de uma investigação contra ela, devido a contradições no seu depoimento e as acusações dos dois condenados do caso, que “confirmaram” a participação da mesma nos crimes.
O caso envolveu António Fernandes, Gerson Ramos e Osvaldo Benedito, já condenados há 13 anos de prisão efectiva, que teriam orquestrado acções de assaltos a mão-armada nas comunas da Huíla e da Arimba (Lubango), de que foram vítimas outras 27 pessoas, desde Março de 2021, com o suposto envolvimento da agora arguida.
Nas sessões de julgamento, a magistrada do Ministério Público, Yolana Cunha, afirmou, na altura, que tinham sido produzidas, nos autos, provas suficientes que alteraram a figura de Beatriz Alves no processo 0768-2022-C, fazendo com que fosse acusada como autora moral do crime de rapto de seu namorado, Cristiano do Porto.
Todavia, durante a fase de instrução do processo, do primeiro julgamento, Beatriz foi ilibada, sob alegação de que era uma vítima, por supostamente ter sido vítima de abuso sexual pelos já condenados.
O julgamento será realizado na sala de crimes da segunda Secção do Tribunal de Comarca do Lubango. JT/MS