Caála - Uma estação sismográfica, com equipamentos modernos capazes de detectarem a ocorrência de abalos sísmicos no país e em outras latitudes, foi inaugurada, esta segunda-feira, na província do Huambo, pelo director-geral do INAMET, João Afonso.
A infra-estrutura, construída no centro da cidade da Caála, município com o mesmo nome, de forma a transmitir e monitorar, automaticamente, toda ocorrência sísmica a nível nacional, regional e global, que permite em tempo real, transmitir informações à Central de Luanda.
Na ocasião, o director-geral do INAMET, João Afonso, disse que a instalação desta estação e as demais em curso, vai possibilitar a instituição que dirige, fazer um estudo do mapeamento das falhas sísmicas activas e informar com clareza e brevidade este acontecimento a população.
Acrescentou que a mesma visa assegurar que o planeamento das infra-estruturas, por parte do Governo angolano e demais investidores, em zonas sem actividades sísmicas.
Lembrou que a estação sismográfica local se enquadra no projecto de modernização do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET) do Governo de Angola, por via do Ministério das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social, em curso desde 2019.
Depois do município da Caála, província do Huambo, o programa de instalação de estação sísmica prevê abranger, nos próximos tempos, a Ganda (Benguela) e Chicuma (Huíla) no âmbito deste processo, que conta com o financiamento do Governo angolano, em parceria com o Instituto Técnico de Portugal.
Disse que o INAMET deve prever a ocorrência de sismos para alertar, atempadamente, as autoridades competentes e a população, em geral, a fim de permitir a transferência das pessoas antes da ocorrência deste tipo de fenómeno.
Sublinhou que os cidadãos devem confiar aos serviços do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica de Angola.
Por sua vez, o coordenador de geofísica do INAMET, Francisco Canhanga, aconselhou aos empreiteiros para contactar os serviços desta instituição, em caso de construções, para evitar riscos sísmicos que podem pôr em causa os seus investimentos e, sobretudo, vidas humanas
Na província do Huambo, já foram sentidos abalos sísmicos nas escalas de Richter variáveis, entre 5.2 e 5.4.0, níveis que já podem preocupar e criar alguns danos materiais de estruturas, sobretudo, precárias.
Angola conta, actualmente, com uma rede sísmica composta por cinco estações, constituídas por sensores de última geração que ajudam a transmitir em tempo real para o servidor central do INAMET informações de movimentação da crosta terrestre (placas tectónicas), distribuídas pelas províncias do Bengo, Cuanza-Sul, Huíla, Lunda Norte e Moxico.
Os sensores tecnológicos possibilitam o monitoramento sísmico, instigando a preservação de vida e o apoio aos diferentes sectores socioeconómicos, em especial ao de construção civil. MLV/JSV/ALH