Huambo - O historiador Venceslau Cassesse defendeu, esta segunda-feira, a necessidade de haver mais valorização dos antigos combatentes e veteranos da Pátria, por constituir o grupo, que lutou contra o colonialismo para a conquista da independência nacional.
O historiador, que dissertou o tema “15 de Janeiro conquistas e ganhos”, alusiva ao Dia dos Antigos Combatentes e Veterano da Pátria, que hoje se assinala, sob o lema “Unidos na diversidade, fortes e firmes na construção de uma Angola melhor”, disse que os feitos dos guerreiros da Pátria, jamais serão esquecidos na história angolana.
Venceslau Cassesse destacou que a promoção da dignidade desses filhos de Angola passa, essencialmente, pela melhoria das suas condições de vida, para além da reconciliação e união dos angolanos nas acções voltadas ao combate à pobreza e no desenvolvimento social e económico.
Para tal, salientou, é importante a criação de políticas públicas de promoção do sector agro-pecuário, assim como industrial, em cumprimento a máxima do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, segundo a qual “ A agricultura é a base e a Indústria o factor decisivo”.
Por seu turno, o vice-governador para o sector Político, Social e Económico da província do Huambo, Angelino Elavoco, reiterou o compromisso de continuar a trabalhar na resolução dos problemas deste grupo da sociedade angolana, como forma de reconhecer e valorizar o papel dos veteranos da Pátria.
Conforme o responsável, que antes depositou, em representação da governadora Lotti Nolika, uma coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido, isto no cemitério municipal do Huambo, os feitos dos veteranos da Pátria têm sido lembrados, com a criação de melhores condições de vida e, ao mesmo tempo, torná-los referência para os jovens.
Por isso, espera que a juventude, enquanto continuadora do desenvolvimento do país, tenha a bravura e a determinação deste grupo da sociedade angolana como fonte de inspiração.
Lembrou que a efeméride visa reflectir sobre a condição deste segmento social, sobretudo, o papel desempenhado por eles no cumprimento do mais alto dever patriótico e imprescindível, sem o qual os angolanos não obteriam a tão almejada independência, proclamada a 11 de Novembro de 1975.
Numa mensagem lida durante a palestra, os antigos combatentes solicitaram ao Governo da província do Huambo a melhoria urgente dos subsídios mensais, actualmente, fixado em 25 mil 558 Kwanzas.
A entrega de cartões de identificação pessoal para garantir acesso aos transportes, instituições públicas e privadas, sem constrangimento, assim como de cadeiras de rodas, foram os pontos mais altos da actividade, promovida pelo gabinete local dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria que tem o controlo de três mil 638 pensionistas.
A Assembleia Nacional instituiu o 15 de Janeiro como Dia do Antigo Combatente e Veterano da Pátria, em homenagem a data em que os três movimentos de libertação nacional, MPLA, FNLA e UNITA, em 1975, se sentaram à mesma mesa, em Portugal, para discutirem o futuro de Angola, nomeadamente o alcance da independência.
A data foi instituída para honrar e valorizar todos aqueles que se baterem e deram o seu contributo, para que Angola se livrasse do colonial. MLV/JSV/ALH