Caála – O historiador Venceslau Casese defendeu, esta sexta-feira, uma maior inclusão dos antigos combatentes e veteranos da Pátria em projectos socioeconómicos, como forma de enaltecer o esforço por eles empreendido na defesa dos interesses da Nação.
Venceslau Casese falava durante a palestra sobre “O contributo dos antigos combatentes e veteranos da Pátria na defesa dos interesses nobres da Nação”, inserido nas comemorações do 15 de Janeiro, data instituída pelo Governo angolano em reconhecimento a este segmento social.
O historiador disse que depois do esforço consentido pelos antigos combatentes é necessário que se preste uma atenção especial a eles e aos seus descendentes, através da implementação de projectos sociais capazes de melhorar, no curto prazo, o seu bem-estar socioeconómico.
Referiu tratar-se de cidadãos nacionais que deram tudo de si e perderam toda a juventude em prol da construção de um Estado soberano, indivisível e democrático, depois de várias batalhas e sacrifícios.
Segundo Venceslau Cases, o governo não pode ser o único a buscar condições para este importante segmento social, pois é importante que cada um faça a sua parte, com a criação de projectos capazes de gerar emprego e permitir a melhoria das condições de vida dos seus descendentes.
Por seu turno, o administrador do município da Caála, Ruben Isaías Etome, enalteceu o esforço e a bravura dos antigos combatentes e veterano da Pátria, fundamentalmente, na defesa da soberania nacional, que permitiu a edificação de um Estado democrático e de direito.
Dados divulgados recentemente pelo gabinete dos antigos combatentes e veteranos da Pátria na província do Huambo indicam o controlo de três mil 795 assistidos, nomeadamente, mil 358 deficientes de guerra, mil 279 órfãos, 589 antigos guerrilheiros, 408 viúvas, 81 ascendentes de combatentes e 80 acompanhantes dos deficientes de guerra.
O Dia do Antigo Combatente e Veterano da Pátria foi instituído em 2011, pela Assembleia Nacional, para honrar os que se bateram para que Angola se livrasse da colonização, assim como do Acordo de Alvor, rubricado em 1974 pela administração colonial portuguesa e os então movimentos de libertação nacional (MPLA, FNLA e UNITA).