Luena – Habitantes da cidade do Luena, capital da província do Moxico, que no próximo dia 15 celebra 107 anos desde a sua fundação, queixam-se das restrições no abastecimento da água potável, soube, esta sexta-feira, a ANGOP.
Numa ronda efectuada, a ANGOP apurou que os bairros Mãe-Preta, Passa-fome, Sinai-Velho e Social da Juventude são os mais afectados pelas restrições da distribuição do líquido.
A cidadã Quintinha Calei, residente no bairro Mãe-Preta, disse que o problema já se prolonga há mais de três semanas, lamentando o silêncio da Empresa Provincial de Água e Saneamento (EPAS).
“Nos últimos dias tem sido muito difícil, principalmente com a intensidade do calor que se regista, em que ficamos impossibilitados de manter a higiene da casa e das crianças”, expressou.
Na mesma ocasião, o morador Lúcio Canhanga, residente no bairro Mandembwe, disse que há duas semanas que o precioso líquido tem jorrado de forma intermitente, obrigando à população a recorrer aos serviços de cisternas.
A cidadã Ana Lourenço, moradora do Zorró solicitou à empresa de água, para uma resolução imediata do problema, com o intuito de minimizar a carência do líquido.
Por sua vez, o presidente em exercício da EPAS/Moxico, Misael Víctor, reconheceu a existência do problema, justificando que as restrições se devem a uma avaria registada num dos geradores no sistema de abastecimento do rio Lumeje.
Disse que decorrem diligências com vista à resolução do referido problema.
Tendo em conta as chuvas que se aproximam, que tem provocado assoreamento dos rios, disse que é um problema que está ser acautelada, com obras de compactação do rio Luena para acabar com o fenómeno das turvações.
Conforme o responsável, vai ser montado um sistema que permitirá a separação da água, baixando o nível de turvação.
Actualmente, a EPAS tem uma capacidade de produção e distribuição de 620 mil litros/hora para 115 mil pessoas, perfazendo 70 por cento de cobertura da cidade e periferia, através da Captação do Rio Lumege. TC/YD