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Governo reassenta mais de 290 famílias pedintes do Lubango em zonas de origem

     Sociedade              
  • Huíla • Quarta, 08 Fevereiro de 2023 | 09h25
Familias da Humpata, na Huíla
Familias da Humpata, na Huíla
Belarmina Paulino

Lubango - Quatrocentas e seis pessoas, que integram 293 famílias provenientes do município da Humpata e  que deambulavam pelas ruas da cidade do Lubango, na Huíla, a pedir esmolas, foram nesta terça-feira reassentadas nas suas zonas de origem, pelo Governo.

Deste número, constam 115 crianças, 188 jovens, 65 mulheres, 20 idosas e 18 homens adultos que viviam em quintais de residências abandonadas no bairro Comandante  Cow-Boy, arredores do Lubango, mas que passavam o dia diante de portas de estabelecimentos comerciais e restaurantes para pedir esmolas, há já cinco anos.

As famílias tinham como preferência na sua actuação, portas de padarias, de restaurantes e esquinas, onde as crianças com idades entre os dois e 12 anos de idade eram manipuladas por adultos a pedir dinheiro ou comida.

Em declarações hoje, quarta-feira, à ANGOP,  o  director da Acção Social da Administração da Humpata, Emanuel Malamba, fez saber que as famílias foram  reintegradas nas localidades da Bata-Bata, sede municipal, Malambi, Mambandi,  Cangolo e Tchipulo.

Detalhou  que o processo foi antecedido de um cadastramento dos chefes de família e de seus filhos nas instalações da administração do bairro Comandante Cow-Boy, no Lubango.

A cada uma dessas famílias, explicou a fonte, foi entregue uma  cesta básica, contendo óleo alimentar, peixes seco, fuba de milho, sal, semente de massango e de feijão frade, como incentivo para a produção agrícola.

“Achamos estarem criadas as condições sociais mínimas para que essas pessoas se mantenham nas áreas de origem, porque a administração vai continuar a atribuir incentivos, como sementes  para a prática da agricultura familiar”, disse.

A cidade do Lubango foi alvo, nos últimos cinco anos, de um êxodo rural considerável de pessoas saídas da Humpata e da Chibia, forçando o governo a criar dois lares de acolhimento diário, o que minimizou o problema.

Algumas crianças não se adaptaram a esses lares, voltaram às ruas forçadas pelos próprios pais, a quem prestam vassalagem e entregam os proventos da sua acção na rua, por isso o Governo cadastrou essas famílias e mapeou, após entrevistas as áreas de origem, para onde os realojou.





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