Talatona - O secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social, Pedro José Filipe, reafirmou, esta sexta-feira, o compromisso do Governo de garantir que nenhum funcionário público tenha um salário líquido inferior a 100 mil kwanzas, a partir do mês de Junho.
No decreto de 19 de Abril do corrente ano, o Presidente da República, João Lourenço, determinou uma remuneração suplementar de 30 mil kwanzas, a partir do dia 1 de Junho, para os funcionários públicos e agentes administrativos do regime geral da função pública.
Em declarações à imprensa, durante a III reunião do Comité Nacional da Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), o responsável referiu que está em curso o processamento dos referidos suplementos para todos os funcionários do regime geral.
Implementados estão igualmente, segundo o secretário de Estado, os exercícios feitos a nível do ensino superior para o incremento de 100% na remuneração dos docentes, dos médicos e dos militares, assim como do pessoal técnico de saúde militar também beneficiarão de um aumento.
Do mesmo modo, disse que estão em processamento, desde Abril, os subsídios dos funcionários que estão em municípios ou em zonas recônditas.
Pedro Filipe acrescentou haver uma série de propostas que serão implementadas, em Janeiro de 2025, referindo o caso do incremento de 25% na remuneração de toda a função pública.
Por sua vez, o secretário-geral da CGSILA, Francisco Gaspar, considerou preocupante o poder de compras dos trabalhadores, que vai perdendo ao longo do tempo, e que a sua recuperação não passa somente pelo aumento salarial.
Para o sindicalista, o custo da cesta básica aumentou galopantemente e se reflete na dependência de quase 80 por cento da importação dos produtos.
Elencou que durante o encontro serão analisadas medidas para impedir ou atenuar que os agentes comerciais façam aquilo que lhes apeteça.
O líder sindicalista afirmou estarem insatisfeitos com a redução da proposta inicial do salário mínimo nacional de 250 por cento para 100%.
Segundo ele, no mês de setembro as Centrais Sindicalisestarão reunidas para analisar a questão do salário mínimo nacional de cada ano. “O que queremos é recuperar o que perdemos ao longo dos anos”, disse.
A III reunião do CGSILA está abordar, entre outros assuntos, o processo reivindicativo, a situação socioeconómica do país bem como o actual estado do sindicalismo, em Angola.
No encontro estão presentes os representantes sindicais das 18 províncias do país.GIZ/MAG