Mbanza Kongo – Vinte e seis famílias afectadas pelas cheias provocadas pela abertura das comportas da barragem do Inga (RDC), no município do Nóqui, receberam quarta-feira de bens diversos, disponibilizados pelo Governo da Província do Zaire.
Ao todo, foram assistidas mais de 60 pessoas das localidades de Kinzundu e periferia da Sede municipal com produtos da cesta básica, sementes de arroz, detergentes, petróleo iluminante, máquinas de costura, motorizadas de três rodas, chapas de zinco, moageiras, motobombas, roupa usada, medicamentos e mosquiteiros.
O governador do Zaire, Adriano Mendes de Carvalho, pediu aos beneficiários a fazerem o uso racional dos bens recebidos, com realce para as motorizadas e redes mosquiteiras.
“Os mosquiteiros não devem ser usados para a pesca artesanal, tal como tem acontecido, mas sim para o combate à malária”, referiu, reafirmando o contínuo apoio das autoridades às famílias sinistradas.
Afirmou que o Governo local está a traçar estratégias para, de forma paulatina, melhorar as condições de vida das populações residentes à beira do rio Zaire, embora ter reconhecido as dificuldades que as autoridades encontram em colocar os serviços básicos às localidades ribeirinhas.
Por outro lado, o governador apelou à população residente nas localidades fronteiriças com a RDC no sentido de redobrar as medidas de higiene e saneamento do meio, devido à cólera que assola este país vizinho.
“Temos alguns compatriotas que constantemente atravessam a fronteira, por razões de vária ordem. Portanto, pedimos que ao regressarem ao país tenham em conta as medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão e desinfectá-las com álcool gel”, aconselhou.
De referir que em Dezembro do ano transacto mais de 20 residências das localidades ribeirinhas da vila do Nóqui ficaram destruídas, em consequência da abertura das comportas da central hidroeléctrica do Inga, localizada no rio Zaire, região do Congo Central (RDC).
Banhado pelo rio Zaire, o município fronteiriço do Nóqui tem uma população estimada em mais de 23 mil habitantes, dos quais mil e 200 vivem à beira do rio Zaire. DA/JL