Huambo – O Governo do Huambo está a reavaliar o custo dos fogos habitacionais construídos em nove, dos 11 municípios da província, devido ao pouco interesse da população em adquirir as moradias, embora seja no formato renda resolúvel.
Trata-se de 200 fogos habitacionais da tipologia T3, erguidos nos municípios do Cachiungo, Chicala-Cholohanga, Chinjenje, Ecunha, Huambo, Londuimbali, Longonjo, Mungo e Ucuma.
Os imóveis, alguns dos quais inacabados, estavam a ser comercializados a 11 mil e 15 Kwanzas/mês, a serem pagos em 360 prestações, num total de quatro milhões 120 mil Kwanzas.
O facto foi relevado, esta quarta-feira, à ANGOP, chefe de secção de Promoção Habitacional do Instituto Nacional de Habitação na província do Huambo, Ramario Catombela Sayombe, ao referir que a revisão do custo das vendas das habitações visa concretizar os objectivos da concepção do projecto.
Referiu que as autoridades estão a estudar preços atractivos, para impulsionar os cidadãos a aderirem às habitações, muitas delas vandalizadas, por falta de ocupação, uma situação que obrigará a requalificação antes de serem comercializadas.
Por sua vez, o director do gabinete de Infra-estrutura e Serviços Técnicos da província do Huambo, Francisco Neto, apontou os municípios os municípios do Cachiungo, Ecunha, Londuimbali, Longonjo e Mungo como os mais críticos, em termos de vandalização do projecto dos 200 fogos habitacionais.
Disse que o projecto ficou inacabado, na maioria dos municípios, por falta de verbas, ao passo que a maioria das residências concluídas foram vandalizadas, com roubo das portas, janelas, materiais de canalização e electricidade, causando, deste modo, inúmeros prejuízos ao Estado.
A par deste projecto, esta região do Planalto Central de Angola dispõe de três centralidade, designadamente a do Lossambo, no município do Huambo, inaugurado em 2017, com 2009 moradias, ocupadas por mais de 14 mil pessoas, Fernando Faustino Muteka, à disposição desde 2020, na Caála, com 4001 residências, onde vivem 28 mil moradores, e a do Halavala, no Bailundo, aberta em 2022, com 3005 casas, reservadas para 21 mil cidadãos.
Tem uma população estima em mais dois milhões 700 mil habitantes, distribuídos pelos municípios do Bailundo, Caála, Cachiungo, Chicala-Cholohanga, Chinjenje, Ecunha, Huambo, Londuimbali, Longonjo, Mungo e Ucuma, numa extensão territorial de 35 mil 771 quilómetros quadrados. MLV/ALH