Cubal - O Governo Provincial de Benguela vai rescindir os contratos com empreiteiros que ganharam o concurso para construção de duas escolas, no município do Cubal, desde 2021, soube a ANGOP, esta quarta-feira.
Trata-se de uma escola de doze salas e outra de vinte, inscritas no Plano Integrado de Intervenção nos Municípios, que até hoje não foram concluídas.
Numa conferência de imprensa, o governador Manuel Nunes Junior afirmou que os empreiteiros não possuem condições técnicas para dar continuidade às obras.
"Neste tipo de situações, não podemos pensar duas vezes. O interesse público deve estar acima de tudo", afirmou.
"O que vamos fazer é rescindir os contratos com as empresas que estavam à frente destes dois empreendimentos. É imperioso retomar-se e concluir-se essas obras e colocar esses equipamentos à disposição da população", acrescentou.
Lembrou que existem "problemas muito sérios" de alunos que estudam em salas precárias, enquanto existem obras que estão a 45 ou 50 por cento de execução física que não são concluídas.
Em relação ao déficit no abastecimento de água, disse que há soluções à vista que podem vir a minimizar os problemas que se põem neste domínio.
"Aquilo que fomos informados é que existem projectos em curso e que poderão ultrapassar esta situação", garantiu.
Manuel Nunes Júnior referiu-se também sobre a possibilidade de fornecimento de energia eléctrica a partir da barragem de Lomaum, dizendo que "há soluções técnicas".
"Vamos retomar este assunto com as autoridades competentes do Ministerio da Energia e Águas e vermos como podemos distribuir esta energia para os habitantes do Cubal", comentou.
Disse que serão ouvidos os especialistas para saber como será esta distribuição. "É uma questão que faz parte da nossa agenda", prometeu.
Entre outras infra-estruturas da cidade do Cubal, o governador passou em revista as obras de asfaltagem das estradas, as escolas em obras e o palácio.
Em relação a ex-comuna da Yambala, que este mês passou à categoria de município, o governador anunciou a construção de um hospital municipal.
"Dentro do Orçamento Geral do Estado para este ano está contemplado a construção de um hospital", afirmou.
Segundo o governante, durante a auscultação aos munícipes daquela zona foram apresentadas questões como a falta de serviços de especialidades, uma morgue e uma ambulância.
Actualmente, aquele município conta apenas com um centro médico com capacidade de internamento de 24 camas.
Diariamente são atendidos uma média de quinze pacientes nos serviços de consultas para adulto, pediatria, serviços de parto, pré-natal, farmácia, vacinação e hemoterapia. Conta com dezoito técnicos de saúde.
"Há um conjunto de investimentos que temos de fazer em vários domínios, como os da água, educação, saúde, acessos, para que as antigas comunas possam ter as condições mínimas necessárias para poderem funcionar como municípios", concluiu. TC/CRB