Huambo – A governadora do Huambo, Lotti Nolika, considerou hoje, terça-feira, que os órgãos de comunicação social devem desenvolver um trabalho de promoção da consciência política dos cidadãos, para que possam ir às urnas sem receios e com urbanidade.
Lotti Nolika falava na abertura de uma acção formativa sobre cobertura eleitoral, promovida pelo Conselho de Administração da Agência Angola Press (ANGOP), com a participação de jornalistas colocados nas regiões Centro e Leste do país, nomeadamente das províncias de Benguela, Bié, Cuando Cubango, Huambo, Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico.
Segundo a governante, o país realiza, este ano, as quintas eleições gerais, um momento bastante importante para a consolidação da democracia e promoção do desenvolvimento nacional.
“Mais do que as campanhas eleitorais a serem desenvolvidas pelos partidos políticos, um outro actor importante no processo são os jornalistas que, através das várias plataformas de comunicação, deverão passar a informação adequadamente sobre o desenrolar do pleito eleitoral dentro e fora do país”, referiu.
Disse que o trabalho dos jornalistas permitirá que o próximo pleito eleitoral se constitua num momento de festa e de celebração da democracia, dentro de uma conquista de paz que os angolanos alcançaram há 20 anos, à semelhança das eleições passadas.
Lotti Nolika disse ainda ser importante que nesta fase da pré-campanha eleitoral se consiga, além de uma necessária cobertura "imparcial e equilibrada" dos órgãos de comunicação, a tarefa dos jornalistas conduza ao cumprimento ordeiro do dever cívico e patriótico do cidadão eleitor.
A governante apontou que a acção formativa denota uma visão responsável pelo processo eleitoral, no quadro da estratégia do Conselho de Administração da ANGOP, na capacitação dos seus profissionais, sobretudo para uma melhor cobertura.
Já o administrador não executivo da ANGOP, Gaspar Francisco, fez saber que a realização da formação sobre cobertura eleitoral visa preparar os profissionais para o cumprimento do inquestionável papel de reportar todas as fases do pleito eleitoral, "com responsabilidade, isenção e imparcialidade".
Acrescentou que os formandos estão a ser capacitados, entre outras temáticas, em matérias de organização das redacções, normas de conduta durante a cobertura, relacionamento com as fontes e o dia das eleições.
O evento, com a duração de quatro dias, visa dotar os participantes de conhecimentos sobre cobertura eleitoral, escrita jornalística, novas tendências no jornalismo, fotografia e Língua Portuguesa, com realce para a qualidade da linguagem, noções de sintaxe, ortografia e semântica.
Na cidade do Lubango iníciou-se, a 13 do corrente mês, o programa de acções formativas, onde estiveram profissionais das províncias da Huíla, Cunene e Namibe, estando a etapa derradeira agendada para Luanda, com a capacitação de jornalistas colocados no Bengo, Cabinda, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Malanje, Uige e Zaire.
A ANGOP foi criada em Julho de 1975, com a denominação de Agência Nacional Angola Press (ANAP), sendo na altura os seus trabalhos distribuídos em boletim impresso, até que, a 30 de Outubro do mesmo ano, lança o seu primeiro despacho telegráfico.
Actualmente, a única agência de notícias do país, cujo seu objecto social é o de recolher, tratar e distribuir, em regime exclusivo, em Angola e no exterior, atraves de um Portal, material em texto, fotografia, áudio, video e infografia.