Ondjiva - A governadora da província do Cunene, Gerdina Didalelwa, destacou a importância do programa de transferências monetárias kwenda, na redução da pobreza no seio das comunidades.
Dados do Instituto de Desenvolvimento Local (FAS) indicam que, desde Maio de 2020, 74 mil 587 famílias necessitadas beneficiaram do kwenda na província do Cunene, dos 106 mil 404 agregados cadastrados.
No quadro do programa, cada agregado familiar recebe por semestre 66 mil kwanzas, o que corresponde a 11 mil kwanzas por mês, para a compra de bens alimentares e investimento em pequenos negócios para a renda familiar.
A governadora falava na reunião de reactivação da comissão provincial multissectorial de apoio às vítimas da seca no Cunene, realizada na última quarta-feira, na província.
Gerdina Didalelwa afirmou que o kwenda tem estado a retirar grande parte das famílias da condição de vulnerabilidade, uma vez que o valor que estas recebem ajuda a minimizar às necessidades básicas.
Admitiu que o kwenda é um dos programas do Executivo angolano com evidências positivas, porquanto aumenta a capacidade de aquisição das famílias, sobretudo nas comunidades rurais.
Disse que nos últimos cinco anos, a província regista irregularidade de chuva, o que está influenciar de forma negativa na prática da agricultura e, consequentemente, inviabiliza a criação de stock alimentar.
Explicou que a reactivação e actualização da comissão visa reforçar as acções de sensibilização e mobilização das famílias que devem apostar, entre outras nuances, na agricultura para deixarem de depender apenas da ajuda do governo.
Por outro lado, pediu o empenho das administrações municipais no trabalho de identificação das populações verdadeiramente afectadas pela fome, a fim de se mobilizar alguns apoios para a assistência dos mais vulneráveis.
Operacionalizado pelo FAS, o kwenda é avaliado em USD 420 milhões, sendo USD 320 milhões financiado pelo Banco Mundial (BM) e outros 100 milhões pelo governo angolano. PEM/LHE/OHA