Sumbe – A governadora provincial do Cuanza-Sul, Mara Quiosa, advogou, esta terça-feira, no Sumbe, a retoma do projecto de abastecimento de água do Porto Amboim, de modo a garantir o abastecimento do precioso líquido a mais de 160 mil habitantes da localidade.
Mara Quiosa fez este pronunciamento quando apresentava a situação social, económica e produtiva da província, durante uma reunião do Governo local, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço.
De acordo com a governante, o sistema de abastecimento de água do Porto Amboim data da época colonial e encontra-se bastante degradado, razão pela qual funciona apenas a cerca de 30 por cento”, salientou.
“Gostaríamos de dizer ao senhor Presidente da República que a água é vida e pedir que, de facto, possamos retomar este projecto”, reforçou.
ETA Porto-Amboim
De acordo com a administradora municipal do Porto Amboim, Maria Sumano, a Estação de Tratamento de Água (ETA), localizada na comunidade da Pinda (Rio Keve), conta com seis electrobombas, sendo quatro de elevação e duas de captação.
Entretanto, actualmente estão operacionais apenas três electrobombas, com capacidade de produção de água potável de quatro mil e 280 metros cúbicos/dia, quantidade insuficiente para atender os habitantes do município.
Em relação aos Pequenos Sistemas de Água (PSA), fez saber que existem quatro nas comunidades do Cambalo, Calele, Capolo e Hogiwa, assim como 49 chafarizes, sendo que desses apenas 21 estão operacionais.
Obra de reforço do sistema de água está paralisada
A ANGOP apurou que a obra de reforço do sistema de abastecimento de água do Porto Amboim, consignada em 2015, está paralisada desde 2017.
O projecto previa a construção de dois tanques de água com capacidade de cinco mil metros cúbicos cada e no local está erguido apenas um.
Orçada em 60 milhões de dólares, a empreitada esteve a cargo da empresa CGCCO.LC/MCN