Luena – O governador provincial do Moxico, Ernesto Muangala, recomendou a constituição de uma comissão técnica para a criação de um estatuto de Instituto Nacional ao Complexo Monumento à Paz, principal símbolo da Paz e Reconciliação no país, inaugurado há 12 anos, na cidade do Luena.
Desde a sua inauguração em 2012, o complexo da paz, projectado com a categoria de Instituto Nacional, nunca teve tal estatuto para lhe atribuir autonomia financeira e administrativa.
Porém, em 2018, uma comissão técnica já enviara uma proposta do estatuto orgânico, na altura, ao Ministério da Administração do Território (MAT), e da Cultura, sendo que até ao momento as autoridades locais nunca receberam qualquer resposta.
Por falta deste estatuto, a cada ano que passa a estrutura arquitectónica construída para “coroar” o fim do conflito armado tem vindo a degradar-se por falta de manutenção periódica, ou seja, aquele emblemático monumental nunca recebeu uma obra profunda de restauro desde a sua inauguração, ficando cada vez mais descaracterizado.
Perante esse quadro e depois de uma visita ao local, o governador provincial reiterou a importância da aprovação de um estatuto orgânico da instituição, tendo orientado a reactivação, com sentido de urgência, da comissão responsável pela sua efectivação, conforme uma nota do Governo Provincial a que a ANGOP teve acesso este sábado.
A nota confirma que há também necessidade de se revitalizar o verde das árvores circundantes, visando restaurar o pulmão vital do complexo, o “mais rápido possível”.
O complexo foi inaugurado a 4 de Abril de 2012 pelo então Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
A infra-estrutura foi projectada para ser um Centro de Estudos e Produção Bibliográfica de todo o processo que determinou a conquista da paz em Angola. ISAU/TC/YD