Lubango – O governador da Huíla, Nuno Mahapi, solicitou hoje, terça-feira, no Lubango, à delegação do Conselho de Administração da Assembleia Nacional, que visita à província, advocacia junto dos departamentos ministeriais, para ver reabilitada a Estrada Nacional (EN) 105, dada sua vitalidade na ligação sul, centro e norte.
Actualmente o estado de degradação de alguns troços da estrada, que também liga Angola aos vizinhos da SADC, é elevado, sobretudo no troço Chongorói (Benguela), Quilengues, Cacula e Lubango (Huíla) e agrava-se em época de chuva.
O governador que falava num encontro com a delegação parlamentar de visita à Huíla, onde afirmou que qualquer investimento que se quer fazer em Angola não pode deixar de parte a ligação, Luanda/Benguela/Huíla e Cunene.
“Entendemos que o perfil da EN 105 deve ser a estrada mais importante que o país tem de ligação internacional, pois liga Angola ao país mais desenvolvido que temos na região, a África do Sul e é sempre bom ter os embaixadores para discutirem as nossas causas”, disse.
Nuno Mahapi lembrou que a conservação das estradas as primárias são de responsabilidade do Ministério da Construção e Obras Públicas, através do Plano de Salvação de Estradas levado a cabo pelo INEA.
Lembrou que as responsabilidades do Governo local são ainda para escolas e hospitais, pelo que a Huíla ainda tem um número considerável de salas de aulas ao ar livre, bem como crianças fora do sistema de ensino, razão pela qual fica difícil desdobrar o orçamento.
Referiu que pela densidade populacional da província, a segunda mais populosa do país, depois de Luanda, a Huíla devia ser vista de outra forma, ainda assim, com o orçamento tem sido possível fazer algo para resolver os problemas da população.
Por sua vez, a presidente do Conselho de Administração da Assembleia Nacional, deputada Susana Augusta de Melo, manifestou a sua solidariedade para com as inquietações, que segundo a responsável já são do conhecimento da Casa das Leis.
“É uma via muito concorrida, vimos camiões de grande porte a circular e o melhor seria se pudéssemos acabar com os buracos de Quilengues até aqui. Estamos solidários defendendo e acompanhando o orçamento da província, no sentido que estas obras sejam feitas”, disse.
Admitiu que via não tem condições, assim como a EN-120, pois provocam prejuízos económicos, não só para as estradas, mas para o país, já que a maior parte dos produtos que alimentam o mercado de Luanda passa por elas.
Susana Melo explicou que a visita à Huíla foi para constatar as condições em que os deputados residentes funcionam, uma vez que o edifício está “bastante” degradado e faz parte do património cultural, daí que qualquer intervenção não depende só da Assembleia Nacional, mas do Governo da Huíla.
Defendeu a necessidade de fazer-se uma análise mais concreta que permitisse uma inscrição da estrutura nos orçamentos, para que eventualmente se possa melhorar as condições de trabalho e funcionamento dos deputados.
Pediu ainda um reforço de cooperação entre o Governo local e o núcleo provincial da Assembleia Nacional.
A delegação do Conselho de Administração da Assembleia Nacional manteve ainda um encontro com o grupo de deputados residentes e com os funcionários locais. O grupo segue para realizar actividades semelhantes nas províncias do Cunene e Namibe. EM/MS