Pesquisando. PF Aguarde 👍🏽 ...

Funcionários da ex-África Têxtil em vigília

     Sociedade              
  • Benguela • Quinta, 17 Dezembro de 2020 | 07h53

Benguela – Trabalhadores da antiga fábrica África Têxtil observam uma vigília por tempo ilimitado, desde o dia 14 do corrente, para reclamarem os seus direitos.

Tratam-se de 435 funcionários que, defronte às instalações da antiga unidade têxtil, reclamam, do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), o pagamento de salários em atraso, indemnizações e pensões de reforma.

Segundo o responsável da comissão sindical da ex-África Têxtill, Rogério Cabral, vão permanecer no local até que as suas exigências sejam satisfeitas.

Rogério Cabral frisou que a situação é do conhecimento da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) e do Tribunal de Contas, pelo não cumprimento do Decreto Presidencial nº 162/2015, de 30 de Novembro, que estabelecia a liquidação pelo extinto Instituto do Sector Empresarial Público (ISEP), no prazo de dois anos, do montante de mil 248 milhões 901 mil 836 Kwanzas.

O sindicalista lamenta a atitude do IGAPE, sucessora do ISEP, e afirma que os promotores da vigília já estão a equacionar a eventualidade de passarem a quadra festiva na rua, caso não haja resposta à reivindicação.

Considera preocupante o facto de, desde 2015, a situação que parecia facilitada pelo Decreto Presidencial estar sem solução,  levando também os reclamantes a escreverem para a ministra das Finanças.

“O artigo 2º do referido Decreto Presidencial refere que o ISEP (agora IGAPE), com recurso ao Tesouro Nacional, deveria, no prazo de dois anos, proceder a liquidação das contas da África Têxtil, Textang II, Transapro, ENEPA e a SINA (siderurgia nacional) ”, informou.

Com cartazes colados no muro de vedação da fábrica, o líder sindical garante a continuidade da vigília, de modo pacífico, observando-se as medidas preventivas contra a Covid-19.      

Entretanto, em recente entrevista à Angop, a vice-governadora para esfera Política, Económica e Social de Benguela, Deolinda Valiangula, disse que a situação dos ex-trabalhadores foi acautelada nas discussões que culminaram com a venda da fábrica à empresa privada BAOBAB, de origem zimbabwena.

A África Têxtil, que faliu há 20 anos, antes da reabilitação orçada em 480 milhões de dólares, chegou a produzir mensalmente um milhão de metros de tecidos.





Fotos em destaque

CSMJ lança concurso público para provimento da vaga de presidente da CNE

CSMJ lança concurso público para provimento da vaga de presidente da CNE

 Quinta, 06 Fevereiro de 2025 | 11h27


Notícias de Interesse

A pesquisar. PF Aguarde 👍🏽 ...
+