Ondjiva - Treze milhões 76 mil 538 de euros é o montante a ser aplicado na implementação de cinco novos projectos ligados à segurança alimentar e nutricional na província do Cunene, no primeiro trimestre de 2022.
Enquadrados no programa de Fortalecimento da Resiliência e da segurança Alimentar e Nutricional em Angola (Fresan ), os projectoss serão implementados em cinco dos seis municípios da província do Cunene (com a excepção de Namacunde).
A informação foi fornecida segunda-feira pela coordenadora do Fresan no Cunene, Estela Louçã, referindo que actualmente decorre o processo de selecção das entidades para a execução do projecto.
Falando na V reunião do Grupo Técnico Multissectorial, Estela Louçã disse que os projectos estão inseridos na estratégia de produção e recuperação da biodiversidade, para a melhoria da segurança alimentar e nutricional, redução da vulnerabilidade nutricional através da vigilância comunitária e o acesso a fontes de água.
Reserva ainda o apoio a redução da insegurança alimentar, água e saneamento rural, para além do projecto “Omeva Omwenyo” (àgua é vida), que visa garantir o acesso a água e segurança alimentar e nutricional à população do Curoca.
A coordenadora frisou que o encontro teve por finalidade debater o plano de execução dos diferentes projectos, apoiar a coordenação e discutir as diferentes acções para o reforço da resiliência e da segurança alimentar e nutricional das populações afectadas pela seca e fome.
Considerou positiva a execução dos programas, realçando que as temáticas de sensibilização, nutrição das mulheres grávidas e
crianças, assim como a agricultura estão no bom caminho.
No domínio da água, disse que foram reabilitadas e construídas 75 infra-estruturas, das 221 previstas, ao passo que, no plano agrícola, estão disponíveis 10,5 toneladas de sementes para distribuir para mil 320 famílias camponesas, no princípio do ano de 2022.
No encontro, foi avaliado o ponto de situação da implementação do Fresan, o cumprimento das recomendações da reunião anterior, bem como efectuado o planeamento das acções a desenvolver no próximo trimestre.
O Fresan é financiado pela União Europeia, com o objectivo de contribuir para a redução da fome, pobreza e vulnerabilidade à insegurança alimentar, através do fortalecimento sustentável da agricultura familiar, nas províncias do sul de Angola mais afectadas pelas alterações climáticas.
Lançado em 2018, tem um valor global de 64 milhões de euros, 48,6 milhões dos quais estã sob gestão do Instituto Camões.
Para o Cunene, estima-se um investimento na ordem dos 21 milhões de euros, tendo em conta que 44 por cento da população beneficiária do projecto reside nesta província.
Com prazo de execução até Agosto de 2024, o projecto está a intervir em quatro componentes temáticas, como a agricultura familiar sustentável, melhoria da nutrição e acesso à água, reforço institucional e o ensaio clínico/pesquisa sobre desnutrição crónica.