Ondjiva – O registo frequente de pacientes com fracturas e traumatismos causados por acidentes de viação está a constituir maior preocupação a direcção do Hospital Geral de Ondjiva, província do Cunene.
A preocupação foi manifestada hoje, quinta-feira, pela directora clínica da unidade hospitalar de referência na região, Eufrasina de Oliveira.
Em declarações à ANGOP, a médica informou que atendem uma média diária de quatro a cinco casos de fracturas nas pernas e traumatismos na cabeça, resultante dos acidentes que envolvem principalmente motorizadas.
Para se inverter o quadro, sugeriu a Polícia Nacional a intensificar a fiscalização rodoviária, visto que a maior parte dos ´´motoqueiros`` desconhece as regras de condução, o que resulta sempre em sinistro nas estradas.
O exercício de moto-taxista é uma alternativa profissional para muitos jovens desempregados, assim como vem facilitar a circulação de pessoas, derivado da lacuna existente de transportes públicos e de insuficiência de táxis.
O Hospital Geral de Ondjiva, localizado no bairro do Ekuma, controla 15 médicos e 335 enfermeiros.
Sinistralidade rodoviária
Em 2022 na província, ocorreram 307 acidentes de viação, envolvendo motoqueiros, que provocaram 48 mortos e 373 feridos, informou o porta-voz da Polícia Nacional no Cunene, superintendente Nicolau Tuvecalela.
Fez saber que em comparação com o mesmo período de 2021, registou-se uma redução significativa de 100 acidentes e seis mortes.
Nicolau Tuvecalela disse que o excesso de velocidade, má travessia de peões, condução sob efeito de álcool, ultrapassagem irregulares, falta de iluminação em veículos, foram as principais causas.
O Departamento de Viação e Trânsito do Cunene tem estado a intensificar acções de sensibilizaçao dos moto-taxistas, sobre as medidas de segurança rodoviária, visando a prevenção de acidentes.
O Gabinete dos Transportes, Tráfego e Mobilidade Urbana do Cunene, controla 12 mil motorizadas que exercem a actividade de moto-táxi.