Luena - Os trabalhos de reposição do fornecimento de água à cidade do Luena, província do Moxico, interrompido há cinco dias, podem ficar concluídos neste fim de semana, soube a ANGOP.
A interrupção do fornecimento da água à capital da província do Moxico, que congrega mais 450 mil habitantes, ocorreu há cinco dias em consequência da destruição, pelas chuvas da principal conduta de transporte do líquido, após abertura de uma ravina no percurso entre a captação do Rio Lumeje à Estação de Tratamento de Água (ETA).
Esta sexta-feira, o vice-governador para o sector técnico e infra-estruturas, Wilson Augusto, disse à imprensa que os trabalhos decorrem a um ritmo acelerado para a reposição da água às populações, estando neste momento 90% de execução física.
Sem indicar o prazo da conclusão dos trabalhos, disse que “temos a certeza que em breve ficarão concluídos".
Uma fonte da empresa que está a executar os trabalhos disse à ANGOP que decorrem os trabalhos de compactação da terra, sendo que a ligação das tubagens pode ocorrer neste fim-de-semana.
Entretanto, nesta altura, a ANGOP constatou que muitas famílias enfrentam muitas dificuldades no acesso ao precioso líquido.
A aquisição da água por meio de cisternas tem sido a solução encontrada por centenas de pessoas, principalmente as que residem na zona urbana, sendo que na periferia os habitantes têm acesso ao líquido das perfurações e chafarizes.
A Empresa Provincial de Águas e Saneamento no Moxico, em actividade desde 2017, já controla sete mil e 400 ligações domiciliares, na cidade do Luena, no âmbito da implementação do Projecto de Desenvolvimento (PDISA I), beneficiando os bairros Nzaji, Tchifuchi, Mandembwe, Social da Juventude, Passa – Fome, Sinai Velho, Kwenha, Santa Rosa e Vila Luso.
A segunda fase da implementação do (PDISA II), com previsão de terminar no corrente ano, com o apoio financeiro do Banco Mundial (BM), prevê efectuar 15 mil novas ligações, alargando a taxa de fornecimento de água ao Luena, passando de 41 para 70 por cento.
A EPAS possui duas Estações de Tratamento de Água (ETA), nos bairros Social da Juventude e Tchifuchi, com capacidade para produzir e distribuir 800 mil litros, do precioso líquido, por hora. TC/YD