Cuvango - Quatro pessoas morreram e outras seis ficaram feridas em consequência da explosão de um engenho, detonado supostamente de forma propositada por um cidadão de 31 anos de idade, na localidade de Tchiweya, no município do Cuvango, província da Huíla.
O facto aconteceu na noite de segunda-feira, nessa aldeia da comuna de Galangue, a 105 quilómetros da sede do Cuvango, quando um homem, embriagado, empunhou de um engenho explosivo, foi à procura do soba da aldeia por sinal seu tio, em sua residência, com a intenção de supostamente matá-lo.
Insatisfeito por não o ter encontrado, conforme o comandante municipal da Polícia Nacional, superintende Manuel António Correia, arremessou o explosivo contra um almofariz, onde alguns membros da família do soba estavam a moer milho e o artefacto explodiu, causando morte imediata a quatro pessoas, incluindo o acusado, e outros seis feridos.
Em declarações hoje, quarta-feira, à ANGOP, o comandante do Cuvango realçou que a Polícia tomou conhecimento do ocorrido por volta das cinco horas e dez minutos desta terça-feira.
Segundo o Manuel Correia, trata-se de um engenho explosivo não identificado e as forças policiais estão a trabalhar para determinar as reais causas do incidente e a proveniência do objecto que o jovem camponês fez uso, já que era um civil.
Contactado pela ANGOP, o director clínico do Hospital Municipal do Cuvango, Ezequiel da Conceição, garantiu que os quatro pacientes referenciados pelo Centro do Galangue, dos quais duas crianças de um e seis anos de idade, uma adolescente de 17 anos e jovem de 30, encontram-se estáveis, mas a receber tratamento das feridas provocadas pelos estilhaços.
Ainda assim, disse a fonte, o menor de um de idade apresenta um ferimento profundo na região da testa e na região supra orbital esquerda, pelo que será transferido para o Hospital Central do Lubango a fim de ser avaliado por especialistas maxilo-facial e um oftalmologista.
Acidente com explosivos, na Huíla, estão a tornar-se frequentes, embora este tenha sido o primeiro este ano, em 2022 há o registo de 13, com oito mortes e 17 feridos. Actualmente a província controla ainda 19 campos minados, nos municípios Caconda, Caluquembe, Jamba, Cacula, Quipungo, Quilengues e Chicomba. BP/MS