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Ex-estudantes em Cuba recolhem donativos para vítimas do furacão IAN

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  • Luanda • Quarta, 12 Outubro de 2022 | 14h19
Um ângulo da cidade de Havana(Cuba)
Um ângulo da cidade de Havana(Cuba)
Pedro Parente

Luanda - Uma campanha filantrópica de recolha de donativos para ajudar o povo cubano afectado pelo furacão IAN, foi lançada hoje, quarta-feira, em Luanda, pela Associação dos Ex-estudantes angolanos em Cuba, denominados Caimaneiros.

A campanha terá a duração de 16 dias e visa a recolha de bens não perecíveis e somas financeiras para minimizar e reduzir a carência do povo cubano afectado pelo furacão IAN, bem como reforçar os laços de amizade, solidariedade e união entre os povos de Cuba e Angola.

O furacão IAN atravessou Cuba no dia 27 de Setembro do corrente ano, afectando três milhões de pessoas, incluindo 500 mil crianças e 700 mil idosos.

IAN chegou à ilha caribenha com ventos de até 205 km/h atingindo a província de Pinar del Río e a Ilha da Juventude, que abriga mais de 583 mil pessoas, no oeste de Cuba.Os estragos foram sentidos também na província de Artemisa e na capital do país, Havana.

A decorrer sobre o lema "Nos ajudem a ajudar o povo cubano", a actividade decorrerá em simultaneo nas 18 províncias do país e espera-se como público-alvo angolanos e estrangeiros residentes em Angola, ex-estudantes angolanos em cuba e cidadãos cubanos residentes em Angola, instituições públicas e privadas, nacionais e estrangeiras que operarem em Angola.

Em conferência de imprensa de lançamento da campanha, o presidente da referida associação,  Agostinho Narciso , explicou que a acção solidária vai em 16 dias dedicar-se a recepção e armazenamento das doações para posterior envio aos destinatários.

Segundo o presidente da associação, além dos donativos com bens não perecíveis e não só, as doações poderão ser feitas através de receitas financeiras, mediante uma conta bancária que será aberta e gerida pela Associação dos Ex-estudantes angolanos em Cuba.

Em consequência do furacão “IAN” que recentemente afectou Cuba, a condição de vida dos seus cidadãos, a sua economia, o país tem envidado esforços para que no curto espaço de tempo esta realidade menos boas seja alterada. 

Adiantou que foram criados vários pontos de recolha como  o centro de produção da TPA da Camama e do Ho Chi min, o campo Manuel Berenguel da Rádio Nacional de Angola, o Centro de Formação de Jornalistas (Cefojor), o Centro Social da Agência Angola Press (ANGOP), o pátio da empresa Media Nova, as instalações da Liga Africana e da Rádio Viana, em Luanda e nas restantes 17 províncias no centro de produção/emissão  da TPA e da RNA.

"Todo tipo de donativo é bem-vindo desde alimentos não perecíveis, vestuário, calçados, materiais de biossegurança, materiais de construção, entre outros", acrescentou

Por sua vez, o secretário de Estado da Comunicação Social, Nuno Caldas Albino, encorajou a iniciativa e garantiu apoio institucional para uma maior divulgação da informação nos órgãos de comunicação social.

Considerou a campanha um acto nobre e de elevado simbolismo histórico para os dois países e povos.

Angola e Cuba têm procurado preservar, reforçar e ampliar os laços que os une, em várias áreas da vida, com grande destaque para a saúde, educação, mas também ao nível da política, economia, bem como, na amizade entre os povos.
 





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