Luanda - A Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) em Angola promoveu, esta terça-feira, em Luanda, uma feira com vista a promover oportunidades educacionais e profissionais de angolanos.
O evento, que já vai na sua segunda edição, contempla a participação de várias universidades norte-americanas e empresas que desempenham as suas funções em território angolano, nos diversos sectores, desde a saúde, extracção de minérios e exploração de petróleo.
A feira dos EUA (US FAIR) 2024 juntou centenas de jovens estudantes de diversas instituições públicas e privadas de ensino, possibilitando o intercâmbio, bem como a informação sobre as oportunidades de obtenção de bolsas de estudos para as universidades americanas.
Durante a abertura do evento, o encarregado de negócio da Embaixada dos EUA em Angola, James Story, referiu que o evento vem criar oportunidades económicas e educacionais para o povo angolano e americano, construindo pontes que conduzam à prosperidade comum.
Neste quadro, James Story avançou que mais de 70 empresas americanas trabalham em Angola, com largos investimentos e criado oportunidades de emprego.
Assim sendo, considerou que o país é um parceiro estratégico, facto que leva ao investimento em iniciativas como o Prosper África que facilita milhares de milhões de dólares em negócio do sector privado, tendo como exemplo o acordo de 3,6 mil milhões de dólares da Boeing com a TAAG.
Realçou ainda o investimento de 40 milhões de dólares para a modernização da Rádio Nacional de Angola (RNA), para que alcance 95 por cento da população angolana, ajudando os angolanos a manterem-se conectados e informados.
O responsável fez ainda menção ao apoio dado à saúde com programas de combate à malária e ao VIH/Sida, no âmbito da parceria bilateral, bem como o incentivo do espírito de inovação através de vários programas de intercâmbio.
O encarregado de negócio da Embaixada norte-americana em Angola, destacou também a cooperação no sector educacional, com referência para o programa EducationUSA, que oferece aconselhamento educativo e apoia mais de 500 estudantes anualmente em Angola orientando-os sobre a complexidade do sistema educativo nos Estados Unidos.
Apontou ainda a oferta de assistência personalizada com candidaturas a universidades, bolsas de estudo e o processo de visto para garantir que os estudantes estejam bem preparados para a sua jornada académica.
“Mais de 600 estudantes angolanos estão actualmente a frequentar instituições de ensino superior nos Estados Unidos”, sublinhou.
Ainda no quadro da cooperação entre os dois países, o diplomata James Story, enfatizou que o empreendedorismo impulsiona a prosperidade, sendo que os empresários desempenham um papel fundamental para a procura de soluções, na promoção da inovação e na criação de emprego.
Por sua vez, a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), Paula Regina Simões de Oliveira, referiu que o evento, elevado de significado e impacto para a juventude angolana, vem fortalecer as relações entre Angola e EUA, oferecendo uma oportunidade única para os estudantes e respectivas famílias explorarem a possibilidade de estudo, bem como o intercâmbio com algumas das mais prestigiadas universidades dos EUA.
A governante referiu que a feira serve ainda como uma plataforma de esclarecimento sobre as questões essenciais como o processo de candidatura à bolsa de estudos, facilitando o percurso académico de muitos estudantes.
Destacou ainda que o momento vai muito além da educação, reforçando assim os laços de cooperação entre os dois povos no que toca a transmissão de conhecimento, cultura, ideias e empreendedorismo.
Neste contexto, afirmou que desde 2019 que o ministério tem trabalhado com a representação diplomática americana para a promoção da formação do ensino superior e o intercâmbio, bem como suas práticas, mediante a visita, intercâmbios e conferências.
Já o presidente da Associação Nacional do Ensino Privado, António Pacavira, referiu que a cooperação com a embaixada americana introduz um leque de benefícios substanciais ao sistema educativo privado em Angola.
Neste quadro, destacou o intercâmbio e desenvolvimento profissional que dá oportunidade a professores e alunos de visitarem os EUA, bem como conhecer o seu sistema de ensino.
Por outro lado, referiu ainda que por meio da cooperação mais de 60 estudantes estão a frequentar o ensino superior nos Estados Unidos da América, programa que se pretende expandir, dando também oportunidades a professores no sentido de se especializarem. ANM/SEC