Icolo e Bengo - A construção da conduta elevatória da Estação de Tratamento de Águas (ETA) de Quilonga Grande, no município do Icolo e Bengo, província de Luanda, está com uma execução física de 11 por cento e financeira nove, considerada aceitável, segundo o coordenador do projecto, Edmundo Frederico.
O responsável prestou esta informação esta sexta-feira à imprensa, durante uma visita de constatação feita pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges e o gravador de Luanda, Manuel Homem, às obras de infraestruturas da Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL), em vários municípios.
Na ocasião fez saber que os trabalhos decorrem sem sobressaltos e dentro do esperado.
Explicou que a execução física de 11 por cento e nove a financeira, traduzem-se na construção da infraestrutura de captação da conduta de água bruta, a retrolavagem e progressos significativos no trabalho da conduta e estação de bombagem.
A captação está a ser feita a partir do rio Kwanza, onde estão erguidas duas condutas elevatórias com uma extensão de 12 quilómetros, até a ETA na zona do Matabuleiro.
Cada conduta tem de diâmetro, mil e 400 centímetros, com um caudal de bomba única e bombeará para cinco Centros de Distribuição de Água (CDA), em 518 mil metros cúbicos de água potável por dia, que representará um aumento de 50 por cento da capacidade actual de distribuição deste bem em Luanda.
O projecto ETA Quilonga Grande, localizado na comuna do Bom Jesus, vai beneficiar três milhões e 500 mil famílias nos municípios de Icolo e Bengo, Cacuaco e Viana, província de Luanda, através de ligações domiciliares de água potável.
As obras tiveram início no princípio deste ano, têm uma duração de 36 meses e estão orçadas em 400 milhões de dólares norte-americano.
A construção está a cargo de uma empresa chinesa Sinohydro Corporation Limited que empregou numa primeira fase 200 trabalhadores entre nacionais e expatriados.
O ministro João Baptista Borges e o governador Manuel Homem estão a radiografar vários projectos e sistemas estruturantes para abastecimento de água à população da província de Luanda, concretamente a subestação da Vila Flor, com uma potência instalada de 40 MVA, para atender as necessidades desta comunidade de Vila Flor.
Consta ainda do programa, visita de constatação do grau de execução do novo sistema de abastecimento de água do Bita, em construção, no município de Belas, que visa a produção de 259.200 metros cúbicos/dia, um armazenamento de 100.000 metros cúbicos, tendo como zonas de reforços, os distritos do Benfica e Camama.
O projecto Bita terá uma extensão de condutas adutoras de 65 km, sendo que a extensão da rede de distribuição é de 3.700 km, enquanto as ligações domiciliares são 170.000, dependentes dos centros de distribuição das zonas do Bita, Cabolombo, Ramiros e Morro dos Veados.
Nesta sexta-feira, será igualmente vistoriado o grau de execução das obras em curso do novo sistema de abastecimento de água do Morro Bento, no distrito urbano da Maianga.
Água em Luanda
Estas obras fazem parte de um Plano Director das Águas, aprovado em 2005 e que teve a primeira revisão em 2009. Em 2011, o Plano foi emitido como Decreto Presidencial 59/11, no qual os projectos de abastecimento de água do Bita e Quilonga foram incluídos para a sua implementação.
A província de Luanda é abastecida de água potável captada em dois rios principais, nomeadamente, Bengo e Kwanza, por via de 18 sistemas que garantem uma cobertura de 60%.
Luanda é a capital de Angola, localizada na região centro-norte do país. CLAU/AJQ