Benguela - Estudantes de seis escolas localizadas no município de Benguela já beneficiam, nesta primeira fase, de passes sociais para transporte público (GIRAMAIS), uma iniciativa do Governo angolano, soube hoje a ANGOP.
Trata-se do Colégio BG 1115 (10 de Fevereiro), Colégio BG 1118, Colégio BG 0007, Escola do 1° Ciclo BG 2011 Saydi Mingas, Complexo escolar BG 2101 José Ilídio Manjenje e o Complexo escolar do ensino especial BG 1038.
O cadastramento e a emissão dos passes sociais é da responsabilidade da Empresa Nacional de Bilhética Integrada (ENBI).
Para aceder ao programa inclusivo de mobilidade urbana, os pais e encarregados de educação de alunos que frequentam o ensino primário, I e II ciclos, deverão juntar uma cópia do documento de registo (cédula pessoal) ou de identificação pessoal (BI) do educando, três fotografias tipo passe, 1000 Kwanzas para aquisição da folha de inscrição e uma cópia do BI do encarregado que solicita a adesão.
Segundo a vice-governadora da província de Benguela para o sector Político, Económico e Social, Lídia Amaro, o acto marca um ponto de viragem nos processos e modos operacionais das empresas de transporte público de passageiros colectivos.
Recordou que o Governo angolano está a implementar uma política de emissão de passes sociais através do subsídio aos preços de transportes para crianças, estudantes, jovens e pessoas com necessidade especiais, assim como cidadãos da terceira idade e veteranos da pátria.
"Com esta iniciativa, pretende-se a materialização de políticas que visam facilitar a mobilidade das famílias, alinhada à estratégia de longo prazo Angola 2050",
Segundo Lídia Amaro, ao operacionalizar-se o funcionamento do sistema nacional de bilhética integrada, vários serão os benefícios associados a este processo, como “a dinamização das política sociais, reduzir o impacto das carências sociais a nível dos transportes de pessoas e bens, melhorar a mobilidade urbana, redução da desigualdade social e impactar de forma directa nos orçamentos das famílias".
"Esperamos que os resultados provenientes desta acção permitam contribuir para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), através do fortalecimento do sector do turismo, comércio e serviços", enfatizou.
Exortou a comunidade, principalmente os mais jovens estudantes, a preservar este importante meio colocado à sua disposição, que espera venha a satisfazer as necessidades presentes sem descurar as futuras.
Já o Presidente da Comissão Executiva da Empresa Nacional de Bilhética Integrada (ENBI), Mário Nsigui, disse que o desafio está lançado e que os operadores aderiram a ele.
Para si, cabe agora começar o trabalho de facto, que é servir as populações e fazer a emissão dos passes.
Explicou que são os governos provinciais a definirem os alcances dos serviços dos transportes urbanos e, a ENBI, entra como emissor do passe para garantir maior mobilidade e controlo a nível da operação, assim como fornece os softwares às operadoras para estas controlarem o processo.
Já a directora do Gabinete Provincial de Transportes, Cátia Cachuco, disse que os estudantes vão ter um passe inicial para 60 viagens, o que significa que as famílias vão deixar de dar dinheiro físico aos seus educandos para irem à escola.
Depois de terminadas as 60 viagens iniciais, os encarregados de educação terão de recarregar o passe.
Explicou que as empresas abrangidas são aquelas que estão a participar na gestão dos transportes públicos a nível nacional, um programa em que o Ministério dos Transportes, através de concursos públicos, aloca os meios para gestão privada.
"Cada empresa acompanhou o processo desde o início e sabe das suas vantagens. Os meios vão funcionar das 5h30 até às 22 horas", informou.
A operacionalização do sistema de bilhética é um mecanismo legal de cadastramento de passageiros dos transportes públicos colectivos e visa, essencialmente, melhorar e facilitar a dinâmica do transporte de pessoas. CRB