Cuito – O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, afirmou esta quarta-feira, na cidade do Cuito, província do Bié, que o Executivo, liderado pelo Presidente João Lourenço, caminha firme no seu grande objectivo de governação, através da aposta no projecto de electrificação do país.
João Baptista Borges teceu estes pronunciamentos à imprensa local, pouco depois de colocar a primeira pedra que deu início à construção da central solar fotovotaica do Cuito, com uma capacidade de 14.5 megawatts.
O governante disse que o sector eléctrico é o que mais tem vindo a crescer, sobretudo na produção de energia mais barata e sustentável, gerada fundamentalmente do maior rio do país, o Cuanza.
“Por via de barragens, a energia está a ser transportada para todo o território nacional.
As hidroeléctricas de Cambambe, Capanda e Laúca produzem grande parte da energia eléctrica consumida em Angola, através do rio Cuanza, com um curso de 960 quilómetros, passando por sete províncias”, aferiu.
Além destas, em 2012, entrou em funcionamento a hidroeléctrica do Ngove (Huambo), que doravante passou a assistir também a cidade do Cuito.
Neste momento, assegurou existir no país uma capacidade energética para atender a necessidade actual assim como as futuras, apontando agora como grandes desafios do sector estender este bem público a todos os municípios que ainda sobrevivem de grupos geradores.
Na província do Bié, por exemplo, encontram-se nesta condição as vilas do Andulo, Chinguar, Catabola, Camacupa, Nharêa, Cunhinga e Chitembo, cujo trabalhos em rede de distribuição já decorre.
Para as vilas de Catabola e Camacupa, no corredor leste da província, o ministro garantiu que ambas poderão de forma simultânea receber energia da rede nacional já a partir do primeiro trimestre de 2024, concluída que está a linha de transportação a partir da subestação do Cuito.
No corredor norte, estão as vilas do Cunhinga, Andulo e Nharêa, segundo João Baptista Borges, todas estarão integradas no projecto solar 2, em que sairá uma linha de aproximadamente 30 quilómetros do Cuito até a uma subestação que será erguida no município do Cunhinga.
Daí, o ministro explicou que sairá uma outra linha de alta tensão, que levará a energia até às cidades do Andulo e Nharêa, num projecto que assegura ser para breve, em função da existência do capital financeiro.
Este projecto está concebido para beneficiar 121 mil famílias no Andulo e sete mil agregados na Nharêa.
Para a localidade do Chinguar, a sudoeste da província, está aprovado igualmente a construção de uma subestação dentro da linha de extensão da rede nacional a partir do Chachiungo, na província do Huambo.
“Na verdade, o objectivo do executivo angolano é parar com as centrais térmicas”, realçou.
Já nas vilas do Chitembo e Cuemba, também integradas no projecto solar 2, o ministro disse que a solução para ambas será diferente das demais localidades, uma vez que as duas encontram-se mais afastadas daquilo que é o projecto da rede nacional.
Por isso, ainda mesmo a partir de 2024, dar-se-á início à construção de sistemas isolados com painéis solares suportados por baterias, que terão a função de fornecer energia pública e domiciliar.
Nas duas circunscrições, perspectiva-se gerar uma capacidade de nove megawotts de energia em cada uma das localidades, assistindo, assim, 30 mil 790 habitantes no Chitembo e 26 mil no Cuemba.
Ainda no Chitembo perspectiva-se, por exemplo, através do mesmo sistema, electrificar perto de seis mil 124 residências, enquanto na vila do Cuemba serão instaladas energia em cinco mil e 172 famílias.LB/PLB
