Luanda – Três estadistas africanos são aguardados para a 3ª edição do Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz e Não-violência – Bienal de Luanda, que arranca esta quarta-feira, em Luanda, sob o lema: “Educação, Cultura de Paz e Cidadania Africana como Ferramentas para o Desenvolvimento do Continente”.
A informação foi prestada esta terça-feira, pelo porta-voz da Bienal, Neto Júnior, durante última sessão da “Agenda Bienal 2023”, estando já confirmado as presenças dos Presidentes da República de Cabo Verde, José Maria Neves, República de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova e da República Democrática Federal da Etiópia, Sahle-WorkZewed.
Estão ainda confirmadas as presenças do vice-presidente da Namíbia, Nangolo Mbumba, e da primeira-ministra da Guiné Equatorial, Manuela RokaBotey.
A lista de convidados integra ainda quatro Conselheiros da União Africana e antigos Chefes de Estado, tais como o ex-presidente da Nigéria, Olusengo Obasanjo, de Moçambique, Joaquim Chissano, e do Malawi, Joyce Banda.
O Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz e Não-violência vai ter igualmente a presença do Presidente da Comissão da União Africana, Mousa Faki Mahamat, e do director Geral Adjunto da UNESCO, Xing Qu.
A reunião contará com um total de seis painéis de diálogo, no formato de mesa redonda, dos quais destaca-se o I Painel denominado o Diálogo Intergeracional de Alto Nível, que terá como oradores os Chefes de Estados.
A presente edição conta com 20 oradores internacionais e 10 nacionais.
A nível nacional, estão convidados 92 membros do Governo Central, seis membros do Governo local, 34 membros do Poder Legislativo, 10 membros do Poder Judicial e 61 representantes do Corpo Diplomático acreditado em Angola.
Estarão ainda presentes 382 integrantes do sector privado e da sociedade civil, entre os quais académicos, líderes associativos, líderes empresariais dos diversos sectores de actividades económica e social, das ordens profissionais, dos partidos políticos, bem como autoridades eclesiásticas e do poder tradicional.
Para assegurar uma ampla participação, o fórum adoptará um formato híbrido das sessões, com participações presencial e virtual no primeiro e segundo dia.
Estão previstas actividades paralelas no âmbito da Bienal de Luanda, com a realização da 1.ª Conferência Nacional Ecuménica sobre o Resgate dos Valores Morais, Cívicos e Religiosos, organizada pelo Conselho das Igrejas Cristãs de Angola (CICA).
O evento vai ainda contemplar um concerto musical da ResiliArt Angola, com cantores cabo-verdianos, camaroneses e angolanos, que terá lugar no Shopping Fortaleza, numa iniciativa entre a UNESCO e o Governo angolano, promovido pela AmericanSchool of Angola, dedicado à educação, arte e cultura.
Durante os três dias, o fórum vai, também, observar uma exposição de artes e a actuação do grupo nacional de Dança Sassa Tchokwé, bem como momentos de artistas de música gospel.
Dentre os resultados esperados nesta 3ª edição da Bienal de Luanda, destaque recai para o aprofundamento da partilha de visões sobre a cultura de paz, segurança, cidadania africana, democracia no continente, com a edificação de sociedades mais pacíficas, transformando atitudes e abordagens nos domínios da política, economia e cultura, para o fortalecendo dos pilares do progresso integral do continente.
Espera-se ainda a articulação com a União Africana para a preparação e realização das actividades do continente inerentes à Paz e Reconciliação em África, em virtude da designação do Presidente da República, João Lourenço, como Campeão da Paz e Reconciliação da União Africana.
Pretende-se também o reforço da reflexão sobre as vantagens da implementação da educação de qualidade, da cidadania africana, da integração continental, da acção climática, do uso de energia renováveis e de tecnologias de informação e de comunicação, do empoderamento das mulheres e meninas, bem como a consolidação da governação democrática e do Estado de direito em África.
A Bienal de Luanda serve como plataforma de implementação do "Plano de Acção para uma Cultura de Paz em África/Actuemos pela paz", adoptado em Março de 2013, em Luanda, no Fórum Pan-Africano "Fontes e Recursos para uma Cultura de Paz". ANM/ART