Muxima - Mais de um milhão de fiéis são esperados na peregrinação ao santuário da Muxima, no município da Quiçama, em Luanda, marcada para os dias 4 e 7 de Agosto, dois anos depois da suspensão por causa da Covid-19.
Esta informação foi avançada hoje, quarta-feira, à ANGOP, pelo reitor do santuário, Domingo de Mello, perspectivando ser possível ainda se ultrapassar o número previsto.
A peregrinação anual ao santuário da “Mamã Muxima”, maior centro mariano da África subsariana, que acontece regularmente na primeira quinzena de Setembro, foi antecipada devido às eleições gerais, que acontecerão dia 24 de Agosto.
De acordo com o padre, continuam a ser criadas várias comissões, coordenadas pela Igreja Católica e pelas autoridades da província de Luanda, para áreas de liturgia, segurança, saneamento, bombeiros e saúde no local, iniciadas há quatro meses, para garantir comodidade aos peregrinos.
O lema “Mamã Muxima, em tuas mãos colocamos o povo de Angola” escolhido para a edição 2022 visa orientar os fiéis a participaram com harmonia e paz nas eleições gerais, marcadas para 24 de Agosto.
O evento tem como objectivo principal promover o resgate dos valores cívicos, morais, espirituais e culturais.
“A peregrinação ao local sagrado deve ser feita com um espírito de evangelização, para proclamar a Palavra de Deus”, disse.
No local está já montado o palco principal que vai albergar os peregrinos, defronte a igreja da nossa Senhora da Conceição da Muxima, num largo de cerca de um hectare junto das margens do Rio Kwanza.
A vila da Muxima foi ocupada pelos portugueses em 1589, que, 10 anos depois, construíram a Fortaleza e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição (Nossa Senhora da Muxima ou, simplesmente, Mamã Muxima).
Desde então, o Santuário, onde pontifica a Imagem da Virgem, tornou-se um lugar de devoção espiritual, passando de geração a geração.
Com a criação da Diocese de Viana em 2007 e a passagem da Muxima para a mesma, começou uma outra fase da história do Santuário, considerado o local de maior devoção popular em Angola e em toda a África cristã.