Porto Amboim - A Empresa Provincial de Águas e Saneamento do Cuanza Sul (EPASKS-EP) está a elevar de 100 para 170 metros cúbicos por hora, a capacidade de fornecimento de água bruta no Porto Amboim, constatou hoje a ANGOP.
Desde o princípio de Julho último, a Empresa iniciou a montagem, na central de captação do Rio Queve, cerca de 36 quilómetros da cidade do Porto Amboim, de três novas bombas de produção de 150 metros cúbicos cada, devido a dificuldade na captação e fornecimento para os consumidores.
Em declarações à ANGOP, o director do gabinete de apoio da EPASKS, Edilson Klayton Rita, disse que "a solução encontrada pela empresa foi a de elevar a capacidade de fornecimento de água bruta com regularidade à população, para 170 metros cúbicos por hora, dos 300 metros cúbicos previstos, uma vez que a Estação de Tratamento está avariada e a adutora (conduta) ser antiga e que pode danificar”.
Com a montagem de novas bombas, o Porto Amboim deixará de distribuir água à população com uma frequência de três vezes por semana, por via de dois reservatórios de 600 metros cúbicos cada e igual número de 300 metros cúbicos cada, cuja conduta, de 18 quilómetros, foi construída em 1958.
“O sistema de água, desde a captação até ao fornecimento, está obsoleto e carece de um financiamento de 35 milhões de dólares para a construção de uma moderna Estação de Tratamento, que aguardamos a solução por parte do Ministério das Finanças, de Ministério da Energia e Águas e do governo da província”, expressou”.
De acordo com a fonte, “o financiamento vai resolver de forma definitiva o problema de água no Porto Amboim, porque vai restaurar e modernizar toda a cadeia de captação, tratamento e fornecimento, alinhado igualmente ao crescimento económico da localidade e por ser a segunda maior zona para arrecadação de receitas, depois do Sumbe”.
Paralelamente a isto, informou que 1.390 consumidores resistem ao pagamento de uma dívida de 28 milhões de kwanzas contraída a partir de 2020 até Junho último, porém, os cortes de água nas residências estão a permitir, este ano, uma recuperação de um milhão, 500 mil kwanzas, por mês.
A cidade e a periferia recebem água por gravidade, a partir dos reservatórios da elevatória, localizada no bairro do Medungue.
Combate à Pobreza ajuda na distribuição por via de chafarizes
Pelo menos 70 mil habitantes da periferia da cidade do Porto Amboim já beneficiam de água, desde Março último, devido à construção de oito chafarizes, financiados pela Administração Municipal, no âmbito do Plano Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza, orçado em nove milhões e 900 mil kwanzas.
O referido projecto leva água à população nos bairros da Cauíla, Torre do Tombo, Medungue, Bumba, Saber Andar, Cavila e outros, 17 anos depois de privados do fornecimento deste líquido precioso. A população deixou de percorrer entre três e cinco quilómetros em busca de água nas cacimbas e outras fontes alternativas.
Tendo em conta os custos de manutenção, de acordo com o administrador municipal adjunto para o sector social e económico, Abimeleque Caetano, a gestão dos Chafarizes passaram para a EPASKS.
Reafirmou que os chafarizes servem para minimizar o problema, mas “aguardamos o mega-projecto de água potável para a cidade e periferia, cuja execução física e financeira depende das autoridades centrais”.
O Município do Porto Amboim, que conta com três rios permanentes (Longa, Queve e Munjinji) e dois temporários (Zâmbia e Carlongo), ocupa uma área de 3.651 quilómetros quadrados e uma população estimada em 149. 718 habitantes.