Talatona – A Empresa Pública de Água (EPAL-EP) prevê lançar, no final do ano, uma conduta para abastecer os moradores do bairro Sapú II, casas azuis, a partir do novo centro de distribuição de água, com capacidade de cinco mil metros cúbicos.
A falta de água canalizada na zona das casas azuis, na urbanização Onje yeto, deve-se a uma ruptura na principal conduta que transportava o líquido.
Em declarações à ANGOP, o porta-voz da Empresa Pública de Água (EPAL-EP), Vladimir Bernardo, explicou que o problema é derivado de uma obstrução localizada no traçado da conduta, devido o desvio do curso normal da conduta.
Vladimir Bernardo apontou ainda a construção por cima da conduta, condição que coopera para o impedimento da fluidez normal de água naquela localidade.
A falta de água deve-se o desativamento da conduta por parte da EPAL, por não beneficiar os potenciais clientes e sim os garimpeiros, com perspectivas de abrir, ainda este ano, uma nova conduta.
Na ronda efectuada pela ANGOP, constatou-se que as famílias diariamente são abastecidas por camiões cisternas que comercializam dez mil litros de água ao preço de 17 mil kwanzas, enquanto as mini-cisternas com capacidade de 800 a mil litros estão estipuladas entre dois a três mil kwanzas.
Naquele bairro, as ligações e venda ilegal de água são visíveis e são feitas tanto à luz do dia como à noite. Para facilitar o trabalho, os garimpeiros muitas vezes usam maquinaria pesada para as escavações e perfuração de condutas indutoras.
Segundo a família Bernardo, moradores daquela circunscrição, na rua do Melão, desde 2007, lamentaram o facto de verem pela última vez água corrente em 2014, uma situação que os tem feito comprar três bidões de água de 25 litros ao preço de duzentos e cinquenta mil kwanzas.
Margarida Bernardo referiu que nem sempre as motos cisternas praticam preços acessíveis, devido à grande procura, como solução procura ruas onde os vizinhos, com tanque, cobram cinquenta kwanzas por bidões e 100 por bacia.
Luzia Gomes moradora da rua da pêra, com um agregado familiar composto por quinze pessoas, explica que na rua e no bairro onde vive são poucas as residências que beneficiam de água potável e poucos que também têm água corrente, por isso tem acarretado água noutra rua ,em casas com tanques, mas sente-se receosa devido a origem e o estado do líquido comercializado .
Embora fervam e desinfectam a água, teme o surgimento de doenças uma vez que encontram os tanques já com vermes.
Nina Francisco com agregado de seis pessoas, mencionou que só consegue comprar dois baldes de águas de menos de vinte litros diariamente, uma vez que o seu custo de vida não permite mais.
A fonte concluiu que o saneamento básico da casa, onde vive, não é constante porque ter de racionalizar a água para limpeza e para confeccionar alimentos, além de ter muitas queixas de casos constantes de dores de barriga em casa.
Nesta urbanização são vários os charcos de água por mau consumo, sem falar das roturas, que no princípio são pouco visíveis, mas por insuficiência de equipamentos por parte da EPAL tornam-se grandes crateras.