Zango - O Presidente do Conselho de Administração da Empresa Pública de Água de Luanda (EPAL), Manuel da Cruz, informou, este sábado, no Zango 0, que doravante a instituição assumirá a gestão de todo sistema de bombeamento água dos edifícios da Vida Pacífica com dois mil 464 apartamentos.
De acordo com com o responsável, desde 2014 que o sistema de bombeamento de água nos edifícios tem sido gerido pelas comissões de moradores, mas quando há algum problema com o abastecimento de água a EPAL é culpabilizada, daí a tomada de decisão para resolver a questão.
Trata-se, referiu, de infra-estruturas específicas de abastecimento de água, mas que de forma geral afectam o fornecimento então a EPAL desde hoje, não só será responsável pelo fornecimento de água a partir de uma central de tratamento, mas também assumirá a gestão e todos encargos com o sistema de bombeamento que permite levar água até ao décimo- quinto andar.
“A partir de hoje seremos nós a controlar os níveis de abastecimento e num período de três meses vamos trabalhar com as comissões de moradores para entender melhor como o sistema funciona e depois a EPAL assume única e exclusivamente todo processo, que vai desde melhoria, reposição ou aquisição de novas máquinas e criar serviço permanente de técnicos no local”, explicou.
Na ocasião, adiantou que situação semelhante será observada no Zango 5, que é fornecido pela Estação de Tratamento (ETA) de Calumbo, posteriormente terá o seu próprio Centro de Distribuição (CD Zango 5) para o reforço a zona.
Em termos gerais no Zango 1, 2, 3 e 4 as equipas estão a trabalhar para mitigar alguns problemas de pressão ou de falta mesmo de água com a identificação de alguns pontos de estrangulamento para depois seccionar melhor o fornecimento e evitar que num lado jorrar muita água, noutro vai pouco ou nada.
Por ser turno a responsável do conselho da Comissão de Moradores da Vida Pacífica, Maria Dulce, fez saber que a urbanização tem 20 blocos, 62 edifício e sete casas de bombas de água, dividida em três zonas, uma com 22 edifícios, seis blocos e duas casas de bombas.
A zona 2 é a mais extensa e tem quatro casas de bombas para 37 edifícios, que são abastecidos por apenas dois motores, quando precisa de 16 motores, dada altura dos mesmo e em cada 14 andares comportam oito apartamentos, que perfazem 112 apartamentos por edifício, explicou.
A zona 3, disse, resolveu o problema com uma contribuição dos moradores para compra de quatro motores e mitigaram assim o problema dos 10 edifícios da zona.
Sem avançar o custo das bombas, mas adiantou que por mês os custos com manutenção e salário dos técnicos e outros serviços rondam os 300 a 400 mil kwanzas mês.
Dados oficiais indicam que a urbanização Vida Pacífica (Zango 0), que dispõe de dois mil 464 fogos habitacionais, em seis blocos com 22 edifícios, acolhe 16 mil e 700 moradores.
Os 22 edifícios, erguidos numa área de aproximadamente 22 hectares, têm habitações com as tipologias T3 e T4 (13 edifícios com T3, do tipo A, e nove com T4, do tipo B).