Benguela - O vice-presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Dom Estanislau Chindecasse, defendeu esta quinta-feira, em Benguela, ser imperioso o envolvimento pastoral e missionário da Promaica na vida da igreja Católica.
O prelado falava no acto de abertura do I Congresso Nacional da Promoção da Mulher Angolana Católica, que Benguela acolhe.
De acordo com Dom Chindecasse, torna-se imperioso o envolvimento pastoral e missionário da Promaica para um maior desenvolvimento da igreja, no sentido de responder a vários desafios com os quais ela e a sociedade se depararam.
O prelado encorajou a Promaica a continuar a enriquecer a igreja e a sociedade, com inefáveis "dons", dos quais são depositárias com firmeza, forças, felicidade e fidelidade.
Lembrou aos presentes que as mulheres, desde a origem do cristianismo, sempre foram parte essencial na edificação da história missionária e da igreja.
"É inimaginável uma igreja ou sociedade na qual a presença das mulheres fosse marginalizada ou desprezada", disse.
Adiantou que, recentemente, o Papa Francisco destacou a importância da mulher no mundo, recordado que "uma igreja ou sociedade no qual as mulheres fossem marginalizadas ou desprezadas, seria uma igreja num mundo totalmente estéril" asseverou.
Segundo Dom Chindecasse, as mulheres não só geram vidas, mas também têm a capacidade de compreender a igreja e a sociedade com olhos diversos, e sentir a realidade do coração mais paciente e doce.
O representante da CEAST considerou, por outro lado, que a identidade e missão da mulher cristã católica deve compreender-se à luz da identidade e missão da própria igreja.
"A identidade da mulher cristã católica é sinal de esperança para a humanidade, por estar com Cristo na edificação do seu reino", enfatizou.
O bispo fez uma reflexão sobre a identidade e missão da Promaica e encoraja a caminhar com a igreja na abordagem de vários fenómenos hordienos que afligem a sociedade, tais como a pobreza multiforme, o analfabetismo, a mentalidade feiticista, a inadequada instrução, bem como educação e formação.
A fuga à paternidade, fragmentação familiar, crise de valores éticos e tantos outros fenómenos, para os quais todos são interpelados a intercederem pela meditação e oração.
Entretanto, a responsável nacional da Promoção da Mulher Angolana Católica, Julieta Araújo, fez saber que ao longo dos 34 anos de existência, esse movimento tem trabalhado para corresponder às aspirações da classe feminina e não só, mormente no domínio da educação da jovem mãe e de dentro dos princípios da ética, da moral e do amor ao próximo.
Considerou a formação contínua como uma das responsabilidades da Promaica e o I Congresso nacional, será a melhor forma dados os temas, de atingir os objectivos preconizados.
A responsável disse que o I congresso nacional da Promaica vai discutir sobre os aspectos fundamentais da identidade e missão da mulher na igreja Católica, promoção acção social e religiosa da Promaica, as estratégias futuras de actuação da Promaica e elaborar documentos que servirão de instrumentos de trabalho para o futuro do movimento. CRB