Benguela - Cento e oitenta engenheiros informáticos participam, desde esta segunda-feira, em Benguela, numa acção de capacitação para assegurarem a componente tecnológica durante o Recenseamento Geral da População e Habitação 2024.
Os formandos são provenientes das 18 províncias do país e, durante sete dias, terão aulas teóricas e práticas para garantirem o êxito do Censo.
Segundo Patrícia Aline, do Instituto Nacional de Estatística (INE), que falava à ANGOP, durante a acção formativa os formandos terão noções gerais do Censo, Administração e Finanças, Equipamentos e acessórios para recolha de dados e Aprovisionamento dos tablets que serão utilizados na recolha de dados.
Por sua vez, o director provincial do INE, José Maria, afirmou que Benguela tem tudo preparado para o arranque do processo.
De acordo com o responsável, a nível da província estarão envolvidas nesta operação cerca de oito mil pessoas, distribuídas pelas comissões provincial, municipais e comunais, incluindo técnicos de informática, recenceadores e motoristas.
Na qualidade de coordenador-adjunto da Comissão Provincial de Apoio ao Censo 2024, o vice-governador para área Técnica e Infra-estruturas, Adilson Gonçalves, que procedeu a abertura do curso, chamou a atenção dos participantes, afirmando ser esta uma "missão de Estado".
"Vamos dar todo o apoio necessário para que o processo corra da melhor maneira possível", realçou.
Questionado sobre a existência de possíveis zonas ainda inacessíveis, uma vez que o processo inicia já no dia 19 de Julho, Adilson Goncalves apontou o município do Chongoroi, concretamente as localidades de Lurobiri e Malongo, tidas como preocupantes.
Para ultrapassar este constrangimento, disse que o Governo tem sido apoiado pela Força Áerea Nacional, através de helicópteros, para atingir as referidas zonas.
"Nos municípios da Ganda e Bocoio, que são os últimos, estamos na fase de reconfirmar algumas localidades. O acesso já está assegurado por via terrestre para efeito de confirmação de dados por causa do mapa cartográfico", explicou.
O vice-governador recordou, no entanto, que esse processo não está destinado apenas para o Censo Geral da População.
"Inclui também a Habitação porque é através dele que vamos saber o volume de água que temos que atribuir a determinada localidade, definir a potência necessária de energia, entre outras questões", esclareceu.
Dirigiu um apelo aos jovens, afirmando serem a "peça chave do processo" e, por isso, devem trabalhar com a máxima responsabilidade.
De acordo com a Constituição da República de Angola, o Censo populacional é realizado de dez em dez anos. O último foi feito em 2014. TC/CRB