Lubango - Uma fábrica ilegal de uma bebida energética, "supostamente afrodisíaca", foi encerrada, sexta-feira, no Lubango, província da Huíla, por autoridades.
O seu proprietário, de origem rwandesa, e funcionários, depois de ouvidos pelas autoridades, foram colocados em liberdade, aguardando por outros procedimentos legais.
A fábrica, artesanal, produzia, há pelo menos dois anos, uma bebida supostamente com propriedades energética e afrodisíaca. Era muito procurada na região, de acordo com declarações das autoridades.
Localizada no bairro do Nambambi, foi encerrada numa operação conjunta entre o Serviço de Investigação Criminal (SIC), a Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA) e o Gabinete Provincial para o Desenvolvimento Económico Integrado.
Ao falar do assunto, o porta-voz do SIC-Huíla, inspector Segunda Quitumba, informou que a empresa denominada “MG-Kambucha, Comércio Lda.”, pertence a um cidadão ruandês de 67 anos, que operava de forma ilegal.
O encerramento da unidade fabril surge depois da detenção de dois ruandeses e dois angolanos em Luanda, numa fábrica clandestina, montada no interior de uma residência sem condições de higiene.
Declarou que a fábrica “é especializada” na produção de uma bebida denominada “kambucha”, que alegadamente aumenta a potência sexual masculina.
O proprietário utilizava ingredientes como gengibre, mel, pau de Cabinda, alecrim, limão, folha de mamão, álcool e café preto, produtos que supostamente aumentam ou revitalizam o desempenho sexual masculino.
Durante a operação, segundo a fonte, foram apreendidos produtos em "situação irregular", incluindo sódio, sacos de milho, gengibre, pau de Cabinda, chá preto e outros manufacturados embalados prontos para comercialização.
O porta-voz ressaltou que, apesar de contar com sete funcionários, a fábrica não possuía nenhum tipo de licença de funcionamento, nem autorização das autoridades de saúde, o que motivou o seu encerramento imediato.
Referiu que a bebida não estava só a circular no mercado huilano, como também no de Luanda, havendo a possibilidade de ter sido espalhada em outras províncias.
Frisou que até ao momento não foi relatada nenhuma ocorrência anormal, depois do consumo da bebida.
Quanto ao proprietário e os funcionários, Segunda Quitumba salientou que foram encaminhados ao SIC para prestação de declarações e depois liberados, devendo ser chamados para futuros esclarecimentos. EM/MS