Luanda - O inspector-geral do Trabalho, Manuel Bole, recomendou esta sexta-feira, em Luanda, às empresas a trabalharem no cumprimento das regras de segurança e de higiene no local de trabalho.
Ao intervir na primeira conferência nacional de higiene e segurança no trabalho”, o responsável referiu que estes esforços podem elevar a economia das empresas e dinamizar as acções socioeconómicas do país.
“A Segurança no Trabalho não se trata apenas de evitar acidentes, mas sim é um compromisso colectivo de proteger a integridade física e mental de cada trabalhador”, realçou.
Referiu ser necessário incentivar as pausas regulares, promover programas de saúde, oferecer suporte emocional e desenvolver uma cultura de cuidado mútuo, iniciativas que beneficiam não apenas o trabalhador, mas toda a equipa.
Quanto à higiene no ambiente de trabalho, lembrou que um espaço limpo e organizado reflecte directamente na produtividade e na saúde, sendo que a falta de organização pode gerar riscos e facilitar a disseminação de doenças.
Assim, pediu para se manter a limpeza do local de serviço, descartar os resíduos correctamente e preservar os materiais de trabalho.
Por sua vez, o chefe do Departamento de Pesquisa, Estatística, Formação do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Mário Tavira, referiu que as empresas devem investir mais na segurança e higiene no trabalho, por formas a criar condições laborais e propiciar um ambiente seguro para os colaboradores exercerem às suas funções sem riscos à saúde.
O responsável referiu que tais condições podem elevar a economia das empresas e dinamizar acções socioeconómicas do país.
Disse que deve-se primar pela segurança no trabalho, pois o número de acidentes continua a subir, dando como exemplo o registo, no primeiro semestre do corrente ano, de mais de novecentos casos de acidentes, com 46 mortes.
Apontou que tais dados representam o dobro do ano todo de 2023, o que deixa claro a urgência imprescindível das empresas investirem mais em matérias que visam dar cobro ou destaque a higiene e segurança no trabalho.
Dados indicam que, no primeiro semestre do ano em curso, a IGT recepcionou três mil 217 pedidos de mediações, tendo mediado mil 250 casos, 887 dos quais já resolvidos
Dos casos resolvidos, 65 são a favor dos empregadores e 812 a favor dos trabalhadores que resultaram em indemnização no valor de 213 milhões 737 mil 112,3 kwanzas, sendo que 657 casos resultaram em declarações de impossibilidade por obtenção.
Na ocasião, o director-geral da empresa organizadora do evento, ETE Mityano Francisco, referiu que o encontro visa, entre outros objectivos, mostrar a importância da segurança e higiene no trabalho.
Destacou que a segurança no trabalho não só importa aos colaboradores, mas também aos envolvidos na sociedade, tendo em conta que o não cumprimento das normas de higiene pode comprometer, até mesmo, o meio ambiente e a estabilidade socioeconómica das famílias e do país.
Participam da conferência, organizada pela empresa Extraordinary, em parceria com o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, representantes de mais de cem empresas de diferentes sectores. JAM/OHA