Duzentas e 13 pessoas morreram e outras mil 118 contraíram ferimentos graves e ligeiros, em consequência de 922 acidentes de viação ocorridos, este ano, nas estradas da província do Huambo, soube a ANGOP.
A informação foi tornada pública, este domingo, pelo chefe do departamento local de Trânsito e Segurança Rodoviária, superintendente-chefe Simões Coelho, no final da marcha de homenagem às vítimas da sinistralidade rodoviária, encabeçada pela governadora da província do Huambo, Lotti Nolika.
Comparativamente ao ano transacto, registou-se um acréscimo de 32 mortes, 349 feridos e 112 acidentes rodoviários.
O oficial superior da Polícia Nacional realçou que os acidentes foram caracterizados por choques entre veículos automóveis, colisões entre carros e motorizadas, embates entre motorizadas, capotamento e atropelamentos.
Apontou o excesso de velocidade, a falta de iluminação nas vias de acesso, o mal estado técnico dos carros, a má travessia de peões, a falta de precauções, associadas à construção desordenada junto das estradas, colocação de paragens de táxi em lugares impróprios e a venda desordenada ao longo das estradas, como as principais causas dos sinistros rodoviários.
O superintendente-chefe disse que as estradas nacionais 120/260, no troço rodoviário Huambo/Caála, bem como 120 Huambo/Chipipa-Alto Hama, 260 Huambo/Cruzeiro, 250 Londuimbali/Ussoque e 352 Cachiungo/Cruzeiro, como as mais preocupantes, em termos sinistralidade rodoviária fora das localidades.
Já dentro das localidades, apontou as avenidas da Independência, 04 de Abril, Moxico, Rei Livongue, João Paulo II, 28 de Maio, Norton de Matos e o bairro Santo António, nos arredores da cidade do Huambo, como as mais alarmantes.
Por sue turno, a governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, considerou preocupante a situação desta região, em termos de acidentes de viação, uma vez se encontra na quarta posição, entre as que sinistralidade rodoviária registam no país, facto que exige o envolvimento de todos para sua reversão, em prol do bem vida.
“Todos os anos morrem milhares de pessoas nas estradas do país e outras ficam com sequelas, com destaque para a mobilidade reduzida para toda a vida, daí a necessidade da mudança de conduta, para se mitigar os traumas dos acidentes de viação que afectam várias famílias”, realçou.
Nesta perspectiva, informou que o Governo do Huambo tem levado a cabo algumas acções para a melhoria da mobilidade rodoviária, que passam pela recuperação das infra-estruturas rodoviárias primárias, secundárias e terciárias, bem como a sinalização e iluminação pública.
A marcha, marcou as comemorações do Dia Mundial em Memória às Vítimas das Estradas, instituído em 1995 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em memória das milhões de pessoas falecidas e feridas, por acidentes rodoviários em todo mundo.
A ocasião é ainda aproveitada para homenagear as equipas de emergência médica, à polícia e outros profissionais que, diariamente, lidam com as consequências traumáticas da sinistralidade rodoviária.