Ondjiva –Dom Germano Penemote, nomeado pelo Papa Francisco, em Junho último, ao cargo de núncio apostólico do Paquistão, foi ordenado, este sábado, em Ondjiva, a arcebispo.
A cerimónia de ordenação episcopal, decorrida na esplanada Nossa das Vitórias (recinto do bispado), na cidade de Ondjiva, foi orientada pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.
Ladeado por arcebispos e bispos, dom Germano Penomote recebeu, entre outros, os ritos da imposição das mãos, marcados com a oração de ordenação, abertura do evangeliário, juramento, colação da Mitra, anel e báculo, segundo a tradição do episcopado.
Na sua homilia, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, disse que Dom Germano Penemote assume uma missão de orgulho, sentido de responsabilidade e desafios que encontrará no Paquistão.
“Estamos a culminar com a cerimónia episcopal de Germano Penomote, que o Santo Padre Francisco, nomeou, em 16 de Junho, arcebispo titular de Treia e núncio apostólico no Paquistão”, afirmou.
Destacou ser é uma grande alegria para a Igreja em Ondjiva e em Angola, por se tratar do primeiro filho desta terra chamado a desempenhar a missão de núncio apostólico para um país que conta apenas com um milhão e meio de fiéis católicos.
O cardeal Pietro Parolin lembrou que se trata de um país com notáveis potencialidades, mas com desafios difíceis, dos quais o fecto de a maioria da população se muçulmana, para além de não ser fácil assegurar o direito das menorias religiosas.
Informou que está a ser enviado no Paquistão para servir de sinal de reconciliação e de paz entre os povos, bem como reforçar a unidade e solidariedade cristã, uma missão própria de cada santidade pontífice.
O cardeal Pietro Parolin sublinhou que cada vocação sempre visa um cargo de anunciar o conhecimento de Deus, os seus pensamentos, palavras e amor às pessoas, para estarem ligados à misericórdia, que chega através do espírito santo.
Esta missão, reforçou, deve basear-se na humildade, consolo e na esperança de tornar possível o encontro de Deus e a criatura humana, para que sejam salvos.
O cardeal Pietro Parolin aconselhou a colaboração, para levar com responsabilidade e honra a missão de embaixador da Santa Sé de Cristo.
Nas suas primeiras palavras, o núncio apostólico do Paquistão, Germano Penomote, manifestou-se satisfeito pela confiança depositada pelo Papa Francisco, prometendo trabalhar para dignificar o bom nome da Igreja.
“Não será uma tarefa fácil, mas como filho enviado por Deus colocará tudo as suas mãos para o guiar, através das orações”, afirmou.
Dom Germano Penomote agradeceu o apoio de todos, deixando um conselho aos jovens no sentido de terem mais foco na vida e acreditarem mais em Deus, para que sejam abençoados.
Por sua vez, o vice-presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Estanislau Chindecasse, encorajou dom Germano Penomote no desempenho da função com zelo e fé em Deus.
Estanislau Chindecasse pediu que seja homem da igreja, de zelo apostólico e de reconciliação entre a maioria no Paquistão.
A cerimónia contou com os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), com destaque para o núncio apostólico em Angola, D. Giovanni Gaspari, além de membros do Executivo, partidos políticos, deputados, entre outras individualidades.
Dados Biográficos
Dom Germano Penemote nasceu em Ondobe, província do Cunene, em Angola, a 24 de Outubro de 1969. Foi ordenado sacerdote a 06 de Dezembro de 1998, na missão de Omupanda, a 10 quilómetros de Ondjiva.
Entrou no serviço diplomático da Santa Sé em Julho de 2003 e trabalhou nas nunciaturas apostólicas de Benin, Uruguai, Eslováquia, Hungria, Peru e Romenia.
Graduado pela Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma, em “Utroque Iure” (Direito Canónico e Civil), é fluente em francês, inglês, italiano, português e espanhol PEM/LHE/VM