Ondjiva- A ministra da Acção Social Família e Promoção da Mulher, Ana Paula do Sacramento Neto, apontou, esta terça-feira, em Ondjiva, a dispersão populacional da província do Cunene, como factores que têm vindo a condicionar o Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza (PIDLCP).
A ministra esclareceu que a implantação destas acções depende da densidade populacional da área, facto que requer encontrar mecanismos com os administradores para fazer com que a implementação do programa surta efeitos na vida destas populações.
Em declarações à imprensa, à margem do seminário sobre municipalização da Acção Social, disse que o Cunene tem especificidades próprias devido a seca severa e o facto de as populações viverem em áreas distantes uma das outras.
Exemplificou a implementação da merenda escolar que dificilmente não consegue abranger todas escolas, porque estão distantes uma das outras.
A governante salientou que o PIDLCP prevê igualmente a execução de acções ligadas à inclusão produtiva, empoderamento da mulher, acesso à água entre outras.
Disse que o encontro para além de avaliar a implementação do programa, vai permitir um entrosamento entre a unidade técnica de acompanhamento de combate a pobreza com as administrações locais.
Segundo a ministra as acções deste programa devem partir da base, através das estruturas municipais e governos provinciais a fim de serem canalizadas ao ministério e não o inverso.
Neste encontro, disse, será realizada a coordenação da inserção de dados no sistema gestão de acções, no sentido de encontrar provas de como a trabalho a ser implementado está surtir efeito na vida da população.
Entretanto, lembrou que a municipalização da acção social consiste na promoção e assistência aos grupos vulneráveis, inclusão social e inserção das pessoas necessitadas.
Relativamente à assistência às populações afectadas pela seca, disse que está a merecer um acompanhamento especial do titular do poder Executivo, com a implementação dos vários projectos estruturantes que vão garantir o acesso de água, pasto e agricultura.
Lamentou o facto de a população ter vontade de cultivar, mas quando há seca severa não têm oportunidade de terem bons rendimentos de colheitas.
Para os grupos minoritários (Vátuas e Koisans), disse que está em curso a execução de um plano assistencial, por ser grupos que ao longo dos tempos habituaram-se a sobreviverem de recolha e por serem nómadas vais se criar outras formas de prover alimentos.
De realçar que a ministra Ana Paula de Sacramento Neto encontra-se em jornada de trabalho a província do Cunene, desde o passado sábado (29), para radiografar o sectores ligados ao pelouro. FI/LHE/VIC