Menongue - três milhões, 99 mil 713 engenhos explosivos não detonados foram destruídos, entre Janeiro de 2005 e Julho de 2021, na província do Cuando Cubango.
Trata-se de cinco mil 495 minas anti-pessoal, duas mil 654 minas anti-tanque e um milhão, 503 mil 932 metais diversos, segundo dados apresentados, este domingo, pelo coordenador adjunto da sala operativa central da Comissão Multissectorial de Desminagem, João Sebastião, à ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Faustina Alves, que terminou a província do Cuando Cubango.
No mesmo período, revelou, ficaram livres de minas três mil 323 quilómetros de estradas e disponíveis para o uso 142 milhões, 946 mil 142 metros quadrados de reservas fundiárias, aeródromos, aeroportos, postos fluviais, alfândegas, fibra óptica, entre outros.
Para o êxito do processo, estiveram envolvidas cinco brigadas de desminagem manual, das quais três das Forças Armadas Angolanas (FAA), uma do Instituto Nacional de Desminagem (INAD), que detém igualmente a única brigada mecanizada e igual número da Polícia de Guarda Fronteira.
Foram ainda desenvolvidas campanhas de sensibilização sobre o risco de minas e outros engenhos não detonados, pelos técnicos das brigadas de desminagem do INAD, com a abordagem de temas sobre procedimentos a ter em caso de contacto com objectos estranhos, cuidados com a utilização de caminhos pouco utilizados, que abrangeram três mil 109 cidadãos, sendo 786 homens, 914 mulheres e mil 409 crianças.
Está em perspectiva a limpeza de mil 325 quilómetros, nas áreas do projecto turístico transfronteiriço Okavango/Zambeze, bem como o início, ainda este ano, dos trabalhos de desminagem da estrada que liga os municípios de Cuito Cuanavale e Mavinga, numa extensão de 100 quilómetros.
A desminagem na província do Cuando Cubango teve início em 1996, com os operadores do Estado, Forças Armadas e do Instituto Nacional de Remoção de Obstáculos e Engenhos Explosivos (INAROEE).
As Organizações Não Governamentais "The Hello Trust" e "MGM", que trabalharam na abertura de vias de comunicação, áreas de reassentamento das populações e de reconstrução de infra-estruturas escolares, hospitalares e outras de vital importância, são igualmente parte do processo.