Luanda – A mulher angolana desempenhou um importante papel político, na luta de libertação nacional, ao ultrapassar muitos factores históricos, culturais e tradicionais, que limitavam a sua participação activa.
A afirmação é da angolana Sílvia Belo, residente na Itália, que falava neste país europeu, sobre a dinâmica da camada feminina, em alusão ao 08 de Março, Dia Internacional da Mulher Angolana.
Num evento promovido pela Embaixada de Angola na Itália, a palestrante referiu que a contribuição da mulher angolana pela Independência de Angola “privilegiou o nacionalismo, a família, o próximo e o respeito pela natureza”.
A mesma sublinhou que a luta das mulheres não teve apenas um significado nacional, mas um impacto na libertação de África contra o colonialismo e o regime do apartheid na África do Sul.
Por outro lado, destacou que a luta da camada feminina pela sua emancipação não é contra os homens, como muitas vezes se parece depreender.
“Não devemos esquecer que homens são também os nossos próprios filhos, aqueles que receberam de nós os primeiros ensinamentos educativos”, frisou.
Recordando também o 02 de Março, Dia da Organização da Mulher Angolana (OMA), Sílvia Belo afirmou que esta organização feminina do MPLA teve um papel dinâmico, representativo, mobilizador e de destaque para a libertação de Angola do jugo colonial português.
Por sua vez, a embaixadora de Angola na Itália, Maria de Fátima Jardim, destacou que a luta da mulher angolana, face a luta de libertação nacional, “permitiu a inclusão do género nos diferentes extractos da vida social, económica e política da sociedade angolana”.
A actividade, que teve a participação de membros da comunidade angolana na Itália, terminou com a declamação de poesia e espectáculo musical.