Dondo - A circulação rodoviária entre a cidade do Dondo, município de Cambambe (Cuanza Norte), e o resto do país pode ser interrompida devido ao deslizamento dos solos colocados nos encontros da ponte sobre o rio Capacala, na Estrada Nacional número 230.
A ponte, de aproximadamente 25 metros de comprimento e dez de largura, foi destruída, em Maio último, pela chuva que danificou também, o dique de contenção e o transbordo do rio Capacala, cortando a ligação entre Luanda e as províncias do Sul, Norte e Leste do país.
Centenas de viaturas de passageiros e de mercadorias ficaram retidas várias horas no Dondo, nos dois sentidos.
Com vista a reporem a circulação, às autoridades locais efectuaram trabalhos paliativos de terraplanagem com reposição de solos que estão a obstruir a passagem das águas da chuva.
A situação pode agravar-se nos próximos dias, com a intensificação da chuva e provocar o transbordo do rio Capacala, impossibilitando, uma vez mais, a circulação de viaturas.
Em declarações à Angop, hoje, quarta-feira, o administrador municipal de Cambambe, Adão António Malungo, manifestou preocupação com a situação.
Disse terem sido mobilizados meios técnicos para se intervir no local, em caso de progressão da ravina aberta pelas águas da chuva.
Carecem, igualmente, de intervenção urgente as pontes sobre os rios Mueji (uma variante do Capacala), danificada no mesmo mês pela chuva, e Mucoso, na localidade de Dange-ya-Menha, que carece de manutenção.
O gestor, que não indicou datas para intervenção definitiva, disse haver promessas do Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território, no sentido de mobilização de recursos para a reconstrução das três infra-estruturas rodoviárias, o mais breve possível.
Enquanto isso, apelou os automobilistas a terem maior cautela na circulação naquela estrada.
A cidade do Dondo registou, na noite de terça-feira, chuva intensa, que durou perto de quatro horas, sem, contudo, haver relatos de danos humanos ou materiais.
As cheias da ponte sobre o rio Capacala, ocorridas a 08 de Maio último, provaram ainda a destruição de várias residências, o desalojamento de mais de 700 famílias e a morte de duas pessoas.